Antônio Ciambarella é distribuidor de jornais em Niterói e dono de bancasAgência O Dia
Neste sábado, 30/9, Dia do Jornaleiro, o jornal O Dia inicia um especial para contar curiosidades e um pouco sobre a vida desses profissionais que tanto temiam que o jornal impresso fosse acabar. Apesar de a internet ter ganhado mais espaço como fonte de notícias, os jornais e revistas resistem e ainda têm seu público fiel, que gosta de manter a rotina de comprar o tabloide no papel e ler as notícias do dia, seja no banco da praça, no ônibus ou sentado no sofá da sala.
Antônio Ciambarella, 66 anos, presidente da Associação dos Proprietários de Bancas de Jornais de Niterói (Aproban), começou a se interessar por bancas de jornais vendo seu pai, Carmelo Ciambarella, trabalhar diariamente em seu ponto fixo. Dono de 20 bancas na região e distribuidor de jornais para 52 bancas de jornais em Niterói e São Gonçalo, ele garante que não abre mão da banca onde seu patriarca trabalhou a vida inteira e que lhe traz muitas memórias afetivas da infância.
"Meu pai foi um dos fundadores de bancas de jornais em Niterói nos anos 50, eu comecei em 1979. Em 1996 nós fundamos a Associação, alugamos um galpão no Centro, onde a gente trabalha, faz a separação. Ela foi criada para a gente ter as normas de jornaleiros, temos um estatuto, cerca de 42 associados e cada um tem o seu box dentro da associação, onde faz o repasse que leva para as bancas", explica.
Ciambarella diz que há mais de 15 anos escuta que o jornal impresso acabaria, reconhece que a circulação diminuiu, mas não acredita que acabe em definitivo. "O jornal impresso tem o público fiel. Hoje em dia quem consome os jornais impressos são pessoas acima de 40 anos, os mais jovens vão à banca comprar revista de Naruto, jogos", conta.
Meia Hora campeão de vendas
O jornal Meia Hora é o mais vendido atualmente e com maior tiragem recebida nas bancas da região que Ciambarella distribui.
Atualmente, as segundas-feiras, com os destaques de esportes e rodadas de futebol do fim de semana, são as manchetes que mais vendem jornais, segundo Antônio.
Memória afetiva
Antônio conta que seu pai trabalhou a vida inteira em banca de jornal. "Veio da Itália, começou a trabalhar em um mercado aos 18 anos, depois abriu uma banca e ficou até onde aguentou. Depois eu assumi a banca dele e fui comprando outras bancas. Ele trabalhou até 1995. Essa banca dele eu tenho ainda, não vendo, não faço negócio, nada, tenho um carinho grande. Ela fica no Fonseca, já foi um ponto ótimo".
Assim como ele seguiu os passos do pai, o negócio segue familiar: seu filho, Antônio Carlos, 41, conhecido como Guga, trabalha com ele na distribuidora e a esposa dele, Therezinha Ciambarella ,trabalha no escritório do galpão: "Tomando conta do dinheiro", brinca, sobre ela cuidar da parte administrativa.
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