Agentes cumprem sete mandados de busca e apreensão no Rio de JaneiroReprodução

Rio - A Polícia Federal realizou, na manhã desta quinta-feira (28), a Operação Minotauro, contra uma organização criminosa responsável por um grande esquema de venda ilegal de anabolizantes para diversos estados do Brasil que movimentou cerca de meio milhão de reais em um mês. Durante a ação, três pessoas foram presas, sendo duas em São José dos Campos e uma em Guaratinguetá, ambas em São Paulo.
Agentes cumprem sete mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro - Reprodução
Agentes cumprem sete mandados de busca e apreensão no Rio de JaneiroReprodução
De acordo com a PF, as pessoas foram detidas por suspeita de envolvimento na venda de anabolizantes sem registro. No Rio, os agentes cumpriram sete mandados de busca e apreensão na capital, em Itaocara, em Petrópolis, em Arraial do Cabo e em Niterói.
Outros 15 mandados foram cumpridos em outros estados do Brasil, sendo nove em São Paulo, três no Paraná, um em Minas Gerais, um no Espírito Santo e um no Ceará.

Ainda foram decretadas medidas judiciais para bloqueio de 20 perfis dos investigados no Instagram. As contas na rede eram utilizadas para publicidade e comercialização dos anabolizantes ilegais. O documento determinou a retirada de postagens relacionadas ao crime e bloqueio de contas bancárias dos investigados.

As investigações revelaram a existência de dezenas de encomendas vindas da Holanda e da China, apreendidas pela Receita Federal na cidade de Curitiba, contendo testosterona em forma de pasta, que é a matéria-prima utilizada pelos criminosos para a produção dos anabolizantes. As remessas tinham como destino a residência de um dos investigados, em São José dos Campos, em São Paulo.

Os policiais também identificaram e apreenderam outras 233 encomendas que continham substâncias anabolizantes, como enantato de testosterona, primobolan, durateston, masteron, dianabol, stanozolol, oxandrolona e hemogenin, as quais tinham como destino diversas cidades dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, dentre outros.

Segundo as investigações, o grupo criminoso vinha recebendo o anabolizante do exterior em forma de matéria-prima para, depois, vender no mercado nacional, por meio de plataformas digitais, após realizarem a adulteração ou até mesmo fabricação própria dos produtos ilícitos.

Os investigados vão responder pelos crimes de falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais e associação criminosa. Se forem condenados, as penas podem chegar a 18 anos de prisão.