Natasha permanece internada em estado graveReprodução / Redes Sociais
“O médico disse que é um milagre ela ainda estar viva, pois além de ter 98% do corpo queimado, ela teve traumatismo craniano devido às marteladas que levou na cabeça”, completou o primo de Natasha.
A mulher estava com as meninas, Ana Beatriz, de 4 anos e Luiza, de 5, mortas a golpes de martelo pelo pai de uma delas na última sexta-feira (22), em Senador Camará, na Zona Oeste do Rio. Após o sepultamento das meninas, os parentes se revezam para visitar a vítima no hospital e cuidar de Nayla, a irmã de Natasha, que perdeu a filha.
"Está sendo muito difícil. Cada vez que alguém da família vai à visita, ficamos impactados com o estado em que ela se encontra. Minha sobrinha já não é mais a mesma, ela está irreconhecível, com o rosto completamente queimado", contou ao DIA a tia da vítima, Ana Paula da Silva.
Na ocasião do crime, Natasha havia levado sua sobrinha Luiza, de 5 anos, para ver o pai, na companhia de sua filha, Ana Beatriz, de 4, em Senador Camará, na Zona Oeste. Ao chegarem no local, David Souza Miranda amarrou a vítima e a torturou. Depois, deu marteladas nas duas meninas. Por fim, ele ateou fogo na casa e fugiu em um carro.
A mulher conseguiu se soltar e levou as crianças até o portão, quando foi socorrida por vizinhos, que acionaram a Polícia Militar.
Luiza e Natasha foram encaminhadas ao Hospital Albert Schweitzer, em Realengo. No entanto, a menina morreu ao dar entrada na unidade. Já Ana Beatriz foi levada para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde já chegou sem vida.
De acordo com a Polícia Civil, David dirigiu do local do crime até cair com o carro na linha férrea na altura da Mangueira, na Zona Norte da cidade. Moradores da região foram ao local do acidente e viram um celular tocando no meio do mato. Uma pessoa que atendeu foi informada de que o suspeito havia acabado de matar duas crianças e então a polícia foi acionada. O homem fugiu a pé do local do acidente e foi capturado por policiais do Segurança Presente na Rua Conde de Bonfim, em frente ao Tijuca Tênis Clube, na Zona Norte.
O suspeito, pai de Luiza, estava separado da mãe há um mês. Os dois tiveram um relacionamento que durou nove anos e moraram juntos até a separação. Segundo familiares das vítimas, Davidera um homem controlador, mas não demonstrava isso para a família da mãe de Luiza. Segundo relatos, a jovem, de 23 anos, não podia ter celular, amigos e nem acesso a redes sociais. O relacionamento acabou quando a mãe de Luiza fugiu, registrou um boletim de ocorrência e conseguiu uma medida protetiva contra David por violência doméstica. Porém, ele ainda tinha o direito de ver a filha uma vez por semana.
David foi levado para a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), responsável pelas investigações.
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