Secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli Arquivo/ Pedro Ivo/ Agência O Dia

Rio - O secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, repercutiu a prisão de quatro policiais da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC) suspeitos de traficarem 16 toneladas de maconha para criminosos do Comando Vermelho (CV), a maior facção criminosa do estado do Rio de Janeiro. "Policiais traficando é a falência da autoridade do estado", escreveu Cappelli em suas redes sociais.
Ele ainda parabenizou a Polícia Federal e o Ministério Público do Rio (MPRJ) pela deflagração da Operação Drake, nesta quinta-feira (19). A ação terminou com cinco presos, além da apreensão de R$ 65 mil e de quatro carros de luxo blindados. Os presos na ação são os agentes Juan Felipe Alves da Silva, Renan Macedo Villares Guimarães, Alexandre Barbosa da Costa Amazonas e Eduardo Macedo de Carvalho; e o advogado Leonardo Sylvestre da Cruz Galvão. 
"Parabéns à PF e MPRJ. O ex-secretário Beltrame me disse que afastou 3 mil policiais do Rio de Janeiro. Onde estão? Foram expulsos? Foram reintegrados? A ação dos órgãos fiscalizadores é fundamental", questionou ele na publicação. 
O secretário está no Rio de Janeiro acompanhando as operações das polícias do Rio, junto à Força Nacional e a outras instituições, como o MPRJ. 
O que foi a Operação Drake
Na manhã desta quinta-feira (19), a Polícia Federal, em conjunto com MPRJ, deflagrou a Operação Drake para prender quatro policiais civis e um advogado pela prática de tráfico de 16 toneladas de maconha, além do crime de corrupção.

Na ação, cerca de 50 policiais federais cumpriram cinco mandados de prisão preventiva e seis mandados de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Resende/TJRJ. Os mandados são cumpridos na capital fluminense e em Saquarema, em endereços ligados aos criminosos, já denunciados pelo Ministério Público, bem como na cidade da Polícia Civil, especificamente na Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas.

De acordo com a investigação, que teve início em ação integrada do serviço de inteligência da PRF com a PF, na comunicação e monitoramento do veículo suspeito, duas viaturas ostensivas da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas abordaram um caminhão carregado com 16 toneladas de maconha na divisa de São Paulo com o Rio de Janeiro.

Após escoltarem o caminhão até a cidade da Polícia Civil, os policiais civis negociaram, por meio de um advogado, a liberação da carga entorpecente e a soltura do motorista, mediante ao pagamento de propina.

Com a concretização do pacto criminoso, três viaturas ostensivas escoltaram o caminhão até os acessos de Manguinhos, comunidade vinculada à principal facção criminosa do Rio de Janeiro. Em seguida, a carga de maconha foi descarregada pelos criminosos.

O nome da operação Drake, remete ao pirata e corsário inglês Francis Drake que saqueava caravelas que transportavam material roubado e se julgava isento de culpa em razão da origem ilícita dos bens.