Clayton e Paula tinham forte atuação no cenário político de QueimadosReprodução / Redes Sociais
Polícia investiga se morte de pré-candidato a vereador e assessora em Queimados tem motivação política
Desde agosto deste ano, três ativistas políticos já foram mortos no município
Rio - A Polícia Civil investiga se o ataque a tiros que matou o pré-candidato a vereador, Clayton Damaceno Pereira, de 45 anos, e sua assessora, Paula Ribeiro Menezes Costa, 65, em Queimados, na Baixada Fluminense, tem motivação política.
A dupla estava em frente à casa de Clayton, na noite de sábado (28), quando criminosos em duas motos efetuaram os disparos. As vítimas ainda chegaram a ser levadas para unidades de saúde, mas não resistiram aos ferimentos.
De acordo com informações obtidas pelo DIA, a corporação investiga ainda a morte de Ramon Henrique Durães Lima, de 37 anos, executado a tiros no dia 1º de agosto, em Queimados. Ramon era comerciante, ex-candidato a vereador e ativista político.
O deputado federal Max Lemos (PDT) disse, em entrevista concedida nesta segunda-feira, que solicitou uma audiência ao ministro da Justiça, Flávio Dino, para relatar os crimes contra ativistas políticos no município, e pedir a intervenção da Polícia Federal nas investigações.
"Quero saber quem matou Paula Menezes e por quê. Amanhã, inclusive, completam três meses da morte do Ramon Durães. Ambos militantes políticos pelo partido, e com mesmo perfil. Eram trabalhadores e ativistas pelos direitos das pessoas. Não vamos sossegar até ver os crimes solucionados", completou Lemos.
Procurada pela reportagem, a mulher de Clayton, Helen Fernandes, relembrou a longa relação que viveram.
"Clayton não era só um pré-candidato, era também um grande homem, marido dedicado, pai amoroso e uma pessoa que se doava pelo próximo. Estamos juntos há 12 anos, e nunca pensei que viveria esse pesadelo", finalizou Helen. Clayton deixa seis filhos.
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