Peterson Luiz de Almeida, conhecido como 'Pet' ou 'Flamengo', foi colocado em liberdade indevidamenteDivulgação
Líder da milícia de Zinho é solto mesmo com mandado de prisão preventiva em aberto
Peterson Luiz de Almeida saiu pela porta da frente de presídio em Benfica, no domingo (29), após erro em notificação judicial
Rio - Peterson Luiz de Almeida, vulgo 'Pet' ou 'Flamengo', um dos líderes da milícia do grupo de Zinho, saiu pela porta da frente do presídio José Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte, no domingo (29). Ele estava preso temporariamente desde agosto deste ano. A soltura do preso, no entanto, aconteceu de forma indevida, já que na quinta-feira (26) Peterson teve a prisão temporária convertida em preventiva.
Conforme apurado pela reportagem, a notificação da conversão da prisão não chegou à Secretaria de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro (Seap), que o colocou em liberdade no domingo (29), ao fim do prazo do cumprimento de prisão temporária.
Segundo o Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ), quando o oficial de Justiça foi ao presídio notificá-lo sobre a decisão, o mesmo foi informado pela Seap que o criminoso já estava em liberdade.
O miliciano foi preso pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), em ação conjunta com a Polícia Federal no final de agosto deste ano.
O DIA procurou a Seap para esclarecimentos e por meio de nota informou que ainda não foi notificada, por meios oficiais, à respeito da conversão da prisão temporária para preventiva de Peterson, por isso o miliciano foi solto.
Quem é o miliciano que está em liberdade indevidamente
A organização criminosa que Peterson pertence atua principalmente nos bairros de Sepetiba e Nova Sepetiba, na Zona Oeste do Rio. Ele foi denunciado pelos crimes de milícia privada e comércio ilegal de arma de fogo. A participação de Peterson na milícia foi revelada a partir da continuidade das investigações sobre o grupo criminoso, cujos líderes foram alvos da Operação Dinastia, deflagrada em agosto de 2022.
De acordo com a denúncia, Peterson negociava armas e planejava execuções de criminosos rivais, tudo em prol do miliciano Luis Antônio da Silva Braga, o 'Zinho', que sucedeu Wellington da Silva Braga, conhecido como 'Ecko', depois de sua morte. O Gaeco aponta, ainda, ligações de Peterson com o também miliciano Rodrigo dos Santos, conhecido como 'Latrell' e com o miliciano Matheus Rezende, o 'Faustão', morto na segunda-feira da semana passada (23).
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