Yasmin dos Santos, 18, foi presa em flagrante após ter o carro alvejado por PMsPedro Ivo/Agência O Dia
Publicado 27/10/2023 10:25 | Atualizado 27/10/2023 10:26
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Rio - A grávida presa após uma perseguição em São Cristóvão, na Zona Norte do Rio, vai passar por uma audiência de custódia nesta sexta-feira (27). Yasmin Gomes dos Santos, de 18 anos, estava no carona do veículo alvejado por policiais militares na noite de quarta-feira (25), na Rua São Luiz Gonzaga, que deixou seu marido João Victor Andrade de Oliveira, 22, e a prima dele, Nívea Ághata Fernandes, 24, feridos. Assim como a jovem, eles também foram presos por roubo e estão internados sob custódia. 
A sessão está prevista para acontecer a partir das 13h, na Central de Audiência de Custódia, em Benfica, na Zona Norte. A perseguição aconteceu depois que agentes da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Barreira do Vasco receberam a informação de que ocupantes de um carro do modelo Cobalt branco teriam roubado celulares em São Cristóvão. Os militares suspeitaram do veículo Ônix prata onde o trio estava e atiraram, acertando João Victor, Nívea e Yasmin.
De acordo com o irmão da jovem, ela foi atingida de raspão e sofreu um ferimento leve na perna. A Secretaria Municipal de Saúde informou que a gestante não deu entrada no Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro. O marido dela estava no banco de trás, foi atingido na perna, socorrido para a unidade de saúde e tem quadro estável. A prima dirigia o carro, foi baleada com dois tiros no tórax, um no pescoço e um no braço. Segundo a família, ela permanece em estado grave no Hospital Quinta D'Or, em São Cristóvão, nesta sexta-feira. 
De acordo com a Polícia Militar, quatro celulares sem chip, uma touca ninja, três relógios e um rádio comunicador foram apreendidos no automóvel. A advogada de Yasmin, Márcia Daflon, no entanto, acredita que o material possa ter sido plantado no interior do veículo. Segundo a Polícia Civil, o carro alvejado pelos agentes foi utilizado em um assalto a um estabelecimento no município de Itaguaí, na Região Metropolitana há cerca de um mês. 
Yasmin não tem anotações criminais, mas João Victor tem 10 por estelionato, furto, formação de quadrilha e extorsão. Ele chegou a ser preso duas vezes, mas deixou o presídio no fim do ano passado. Já Nívea Ághata é investigada por envolvimento no roubo em Itaguaí, porque teria emprestado o veículo para o namorado, que o utilizou para assaltar o estabelecimento. O caso está sendo investigado pela 50ª DP (Itaguaí).
Além dos três, os policiais William de Castro Valladão, André Luís da Silva Rodrigues e Bruno Batista Gama, que participaram da perseguição, foram presos em flagrante por tentativa de homicídio. Nesta quinta-feira (26), o Tribunal de Justiça (TJRJ) converteu a prisão deles em preventiva, alegando que eles alvejaram o carro sem ter certeza de que os ocupantes estavam envolvidos em crimes e se algum deles estava armado. Além disso, as vítimas do roubo não reconheceram o trio como os assaltantes. 
Em nota, a PM informou que o 1º Comando de Policiamento de Área (1ºCPA) "apura as circunstâncias da abordagem policial realizada por agentes da Unidade de Polícia Pacificadora Barreira do Vasco (UPP/Bareira) com apoio do 4° BPM (São Cristóvão)" e um procedimento foi instaurado para averiguar a conduta dos agentes envolvidos na ação. A corporação disse ainda que a Corregedoria acompanha os trâmites do caso e colabora integralmente com as investigações da Polícia Civil.
 
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