Afoxés e Blocos Afro se tornaram patrimônio imaterial cultural do Rio de JaneiroDivulgação / Governo do Rio
Os Afoxés são cortejos de rua que saem, principalmente, durante o Carnaval. Tem como base cantos e instrumentos de percussão, incluindo atabaques, agogôs e xequerês. Suas cores e símbolos possuem significados atrelados às religiões de origem africana. Presentes desde a década de 50 no estado, também celebram datas festivas do calendário religioso.
Com uma estrutura musical semelhante ao Afoxé, os Blocos Afro, que começaram no Rio na década de 80, são grupos carnavalescos com foco na valorização da cultura e da pessoa negra. A comitiva participa de diversas outras atividades culturais, como o Dia da Consciência Negra.
O reconhecimento como patrimônio foi feito após três anos de acompanhamento das tradições de grupos nos municípios de Belford Roxo, Nova Iguaçu, São João de Meriti e Duque de Caxias, na Baixada Fluminense; e em Niterói e São Gonçalo, na Região Metropolitana.
Danielle Barros, secretária de Estado de Cultura e Economia Criativa, comentou sobre a importância do tombamento. “Essas tradições são fundamentais para a construção da identidade do nosso estado e do nosso país. São saberes carregados de ancestralidade e verdadeiros tesouros invisibilizados que precisam ser valorizados e carregados para as próximas gerações. Na nossa gestão, estamos investindo na manutenção destas ações, por meio de fomento direto e indireto e de preservação dos bens materiais e imateriais”.
Os Afoxés e Blocos Afro se tornaram os primeiros bens desta natureza em âmbito estadual a serem protegidos por lei. Essas formas de expressão constituem um dos mais ricos acervos simbólicos da nacionalidade brasileira, em especial do povo do Rio de Janeiro.
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