Capitão do Exército Brasileiro é preso por chamar jovem de 'macaca' em Itaipuaçu, na Região Metropolitana do RioReprodução/Google Maps
Capitão do Exército é preso por racismo após chamar jovem de 'macaca' em Itaipuaçu
Fabio da Silva Nunes, de 55 anos, foi solto após audiência de custódia e vai cumprir medidas cautelares
Rio - Um capitão do Exército foi preso em flagrante, por volta das 17h deste domingo (3), após empurrar e chamar a gerente de uma loja especializada em açaí de "macaca", na Praia de Itaipuaçu, na Região Metropolitana do Rio. Segundo a ocorrência, Fabio da Silva Nunes saiu de um bar na Avenida Zumbi dos Palmares, esquina com a Avenida Beira Mar, entrou no estabelecimento onde a vítima de 24 anos estava trabalhando e exigiu que a mesma retirasse um carro que bloqueava a saída do veículo dele.
A gerente, então, disse que não tinha a chave do carro e não sabia quem era o dono, mas que após atender um cliente poderia ajudá-lo. De acordo com duas testemunhas que estavam sentadas no estabelecimento, Fabio, demonstrando irritação e nervosismo, deu dois empurrões na jovem e a chamou de "macaca". Assustada, a vítima começou a chorar e foi protegida pelos clientes.
O dono da loja, um cabo da Polícia Militar que estava de folga, acionou a polícia. Segundo a PM, policiais do 12º BPM (Niterói) foram acionados para uma ocorrência de injúria racial. O capitão foi preso pelos agentes pelo crime de preconceito de raça ou cor.
Os envolvidos prestaram depoimento na 82ª DP (Maricá) e o caso foi registrado na 76ª DP, onde funciona a central de flagrantes de Niterói.
Militar foi solto um dia depois e vai cumprir medidas cautelares
Fabio foi encaminhado para a 76ª DP, onde passou a noite. Em audiência de custódia, nesta segunda-feira (4), a juíza Priscilla Macuco Ferreira entendeu que cabia a imposição de medidas cautelares e concedeu a liberdade ao militar.
Ele está proibido de se aproximar ou frequentar o estabelecimento onde a vítima trabalha até o fim do processo. Além disso, o investigado deverá comparecer mensalmente na Vara Criminal de Maricá e não poderá fazer contato com a gerente da loja, nem com as testemunhas.
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