Jefferson teve pescoço cortadoArquivo Pessoal

Rio - Jefferson de Assis Silva, de 29 anos, morreu nesta terça-feira (5) ao ter o pescoço cortado por uma garrafa de vidro, em Realengo, na Zona Oeste do Rio. Familiares da vítima alegam que um amigo cometeu o crime por causa de uma discussão por futebol.
Em entrevista ao DIA, Larissa Mendonça, mãe do filho de Jefferson, disse que ele se envolveu em um bate-boca sobre futebol, no domingo (3), com um conhecido, em um bar.
Na noite de segunda-feira (4), Jefferson, que era vascaíno, e o suspeito, torcedor do Flamengo, voltaram a se encontrar na Rua Capitão Teixeira. O homem teria reclamado das provocações, quebrado uma garrafa de vidro e cortado o pescoço da vítima. Larissa disse que testemunhas relataram que seu ex-marido ficou ensanguentado no chão, agonizando. O suspeito fugiu. De acordo com ela, Jefferson chegou a ser socorrido por uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhado para o Hospital Municipal Albert Schweitzer, mas sofreu paradas cardíacas e não resistiu.
"Essa briga tinha se acarretado no domingo passado por causa de futebol. Esse menino não aceitou a brincadeira e brigou de novo com ele. Ele agrediu o Jefferson brutalmente e acabou assassinando do pai do meu filho. Ele agiu covardemente usando uma garrafa de vidro de cerveja e degolando o pescoço dele", disse .
De acordo com ela, o filho, de 9 anos, não sabe sobre a morte do pai, com quem era muito apegado.
"Meu filho era apaixonado por ele, e ele pelo filho. Ele era supercarinhoso. Sei que meu filho vai sentir muito. Meu filho é completamente sensível. Eu ainda não consegui contar. Não sei como vai ser. Está sendo muito difícil. Quero ter muita força, muita luta para cuidar do meu filho. Ser assassinado dessa forma, ele não merecia", destacou.
Larissa também pediu justiça e que o suspeito, que segundo ela tem antecedentes criminais, seja preso. "Eu peço a Deus que ele volte a ser preso. Eu só quero Justiça. Não pode ser mais um na estatística. O Jefferson não pode ser mais um negro que ficou por aqui. A gente tem que ter voz nesse momento. Não podemos nos acovardar. Eu vou lutar. A Polícia tem que esclarecer e achar ele. Eu só quero justiça", completou.
Vítima era vista como uma pessoa alegre
Jéssica Alves, prima de Jefferson, disse que ele era visto como uma pessoa alegre na família e não se envolvia em brigas.
"Ele era uma pessoa alegre e trabalhadora. Ele era alegre, de falar besteira, de ficar zoando a gente. Nunca teve briga, rivalidade, eu nunca soube disso, de nenhum tipo de criar confusão. O crime foi uma coisa que todo mundo viu. Foi na rua. Não foi uma coisa escondida. Teve testemunhas e cabe à polícia investigar para chegar nessas pessoas. Eu espero que consigam prendê-lo. O cara era amigo do meu primo, imagina se fosse inimigo", disse.
O enterro de Jefferson está marcado para às 9h de sexta-feira (8) no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, Zona Oeste.
Questionada sobre o assunto, a Polícia Civil não respondeu. O espaço está aberto para manifestação.