Rodrigo Marinho Crespo foi morto a tiros no Centro do Rio Reprodução
Publicado 07/03/2024 20:35 | Atualizado 07/03/2024 20:53
Rio - O Tribunal de Justiça do Rio manteve, nesta quinta-feira (7), após audiência de custódia, a prisão de Cezar Daniel Mondego de Souza e de Eduardo Sobreira Moraes, suspeitos de participar do homicídio do advogado Rodrigo Marinho Crespo. Eles teriam sido responsáveis pelo monitoramento da vítima, antes e no dia do assassinato.
Cezar era assistente no Departamento de Patrimônio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) desde 2019, mas foi exonerado na última sexta-feira (1). O suspeito recebia remuneração de R$ 2.029,37. Ele foi preso na terça (5) por agentes da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).
Seu lugar foi assumido por Eduardo, também apontado pela investigação como responsável por monitorar a vítima, no dia seguinte. Com a exoneração de Cezar, o salário seria pago, então, para Eduardo, que também foi preso na terça.
Questionada, a Alerj disse que assim que tomou conhecimento sobre o caso, e antes mesmo de ter sido realizada a posse de Moraes, o órgão tornou o ato de nomeação sem efeito em publicação no Diário Oficial. A Casa disse, ainda, que ter tornado o ato de nomeação do Eduardo sem efeito não interfere na situação do Cézar, que segue exonerado e o cargo está vago.
Além de Cezar e Eduardo, o policial militar Leandro Machado da Silva também foi preso pelo crime. Ele é apontado como o responsável pela logística do grupo que realizou o homicídio. Os veículos usados para o monitoramento e pelo criminoso que realizou o disparo teria sido entregue aos suspeitos pelo policial, segundo a investigação. O agente, inclusive, já foi investigado e preso pela prática de homicídio, e por integrar um grupo paramilitar com atuação em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. 
O PM, que era lotado no 15º BPM (Duque de Caxias), estava afastado das ruas devido a outro inquérito policial. Leandro é investigado por uma suposta ligação com Vinícius Pereira Drumond, filho do falecido contraventor Luizinho Drumond, que controlava o jogo do bicho na Zona Leopoldina, e por fazer parte de uma organização criminosa responsável por execuções no Rio.
Relembre o caso
O homicídio aconteceu em frente ao escritório onde o advogado era sócio fundador, na calçada do prédio da OAB-RJ. De acordo com imagens de câmeras de segurança, um carro branco se aproximou da vítima às 17h16 da última segunda-feira (26). Em ação que durou cerca de 14 segundos, um homem encapuzado deixou o veículo e efetuou diversos disparos contra Rodrigo.
Antes de atirar, o homem ainda chamou o advogado pelo nome. Ainda segundo a DHC, a atitude demonstra, inicialmente, que o executor queria ter certeza de que estava abordando o alvo certo. O advogado foi baleado duas vezes quando estava de pé e outras dez após cair. Rodrigo estava lanchando com o sobrinho no momento em que foi surpreendido pelo criminoso.
O advogado foi enterrado no início da tarde da última quarta-feira (28), no Cemitério São João Batista, em Botafogo, Zona Sul do Rio.
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