Publicado 08/05/2024 11:06
Rio - A jovem Agatha Marques Santos, de 26 anos, baleada na cabeça na comunidade do Batan, em Realengo, na Zona Oeste, recebeu alta nesta terça-feira (7) após um mês internada. Ao DIA, a família revelou que a recuperação é delicada, e que precisam de ajuda para custear os tratamentos. Imagens registradas na saída do hospital mostram a jovem na cadeira de rodas com uma 'plaquinha' escrito: "Eu sou um milagre".
PublicidadeSegundo um familiar, a jovem está falando, interagindo bem, mas ainda um pouco assustada com tudo que aconteceu. "Ágatha pela forma que ela entrou está super bem graças a Deus, mas é um processo muito delicado e lento, que precisa de paciência e muita calma, até ela e nós, nos acostumarmos com essa nova vida, mas ela em si está bem, só precisa de um tempo para se acalmar um pouco", disse.
Os tratamentos que a jovem precisa inicialmente são fisioterapia, fonoaudiologia e de um psicólogo. "Como parte do crânio foi tirado, ela irá precisar pôr prótese e para isso precisa entrar na fila do SUS, sabemos que é uma demanda enorme. Mas quem puder ajudar com uma cadeira de rodas para locomoção para hospitais, consultas e exames também ajuda", explicou o familiar.
Para ajudar a custear os tratamentos, a família criou uma vakinha que pode ser acessada através deste link. Quem quiser ajudar de outra forma também pode procurar O DIA através dos nossos canais, que encaminharemos o contato para a família.
Agatha estava internada no Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz, desde o dia 7 de abril. A família acusa o ex-namorado da vítima de ter realizado os disparos. O casal havia terminado o relacionamento há cerca de um ano. Pessoas próximas da vítima acreditam que o crime teria sido motivado por ciúmes.
Na ocasião, de acordo com o relato da família, vizinhos ouviram os tiros por volta das 6h de domingo, em Realengo, na Zona Oeste do Rio. O irmão de Agatha, que mora em uma casa acima da vítima, desceu para se proteger ao perceber que o vidro do guarda-corpo da varanda havia quebrado. Na sequência, ele e a mãe foram em direção ao portão do imóvel, onde a jovem estava caída no chão.
Durante todo o período de internação, a família fez correntes de oração para jovem, que chegou a ser mantida em coma induzido por sedação. Agatha e o ex-namorado têm um filho de 3 anos. Além disso, a jovem tem uma outra filha, fruto de um relacionamento anterior.
Apesar de todo foco na recuperação da jovem, familiares também esperam por Justiça. "Queremos Justiça e infelizmente não estamos vendo resposta da parte investigativa. A polícia já tem fotos do principal suspeito e ainda não obtivemos respostas do paradeiro. Mas entregamos na mão de Deus, estamos pensando na melhora de Agatha", ressaltaram.
Em um primeiro momento, o caso foi registrado como roubo seguido de lesão corporal na 33ª DP (Realengo). No entanto, o registro de ocorrência apontou que nenhum pertence teria sido levado da vítima e os policiais também investigam o caso como um possível feminicídio. Além de ouvir testemunhas e familiares, os agentes também realizaram perícia no local do disparo.
Procurado pelo DIA, o delegado responsável pela investigação, Reginaldo Guilherme, informou que a equipe mantém contato com a família da vítima, e espera que ela esteja em condições para prestar depoimento.
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