Publicado 04/06/2024 12:25
Rio - O taxista investigado por provocar o acidente que matou um motoboy será ouvido pela Polícia Civil, nesta terça-feira (4). Eduardo Henry Nogueira Gripp é o homem que dirigia o veículo que derrubou a motocicleta que Alan Rodrigues Salles, 22, pilotava, no dia 31 de maio, em Vila Isabel, na Zona Norte. A dupla teria se envolvido em uma briga de trânsito e o motorista fugiu sem prestar socorro à vítima, que morreu no local.
PublicidadeDe acordo com o delegado Leandro Gontijo, titular da 20ª DP (Vila Isabel), responsável pelas investigação, o depoimento de Eduardo acontecerá em um local externo e não na delegacia, por conta da repercussão e comoção que o caso gerou. Os investigadores pretendem descobrir se Alan quebrou o retrovisor do táxi durante a suposta discussão, uma vez que a peça estava danificada quando o veículo foi apreendido na oficina onde o taxista também trabalha, na Rua Barão de Mesquita, na Tijuca, bairro vizinho.
O delegado explicou ainda que, após analisar novas imagens de câmeras de segurança que registraram o acidente, foi possível identificar que o taxista encostou com o carro propositalmente na motocicleta, fazendo com que Alan se desequilibrasse e perdesse o controle da direção, atingindo um poste, na Rua Teodoro da Silva. Inicialmente, relatos apontaram que Eduardo também havia atropelado a vítima, mas a informação não foi confirmada.
Entenda o caso
Na noite de sexta-feira (31), segundo testemunhas, Alan estava trabalhando como entregador quando, após uma discussão, foi perseguido pelo taxista, que provocou o acidente que matou o jovem. O Corpo de Bombeiros chegou a ser acionado, mas encontrou a vítima já sem vida. Depois do crime, policiais militares do 6° BPM (Tijuca) encontraram o táxi na Rua Barão de Mesquita e, no sábado (1º), motociclistas fizeram um protesto em frente ao estabelecimento.
Além do taxista, testemunhas devem ser ouvidas nos próximos dias. O corpo de Alan foi sepultado no último domingo (2), no Cemitério São Francisco de Paula, no Catumbi, na Região Central, e a despedida teve fogos, cartazes e pedidos de justiça. O funeral contou com a presença de motociclistas que chegaram ao cemitério com a motocicleta da vítima, que ficou estacionada em frente ao local. O jovem era motoboy há cinco anos e vivia com os pais e dois irmaõs em Vila Isabel.
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