Publicado 19/07/2024 22:44 | Atualizado 19/07/2024 22:48
Rio - A mãe do pequeno Kaleb Gabriel da Cruz Lisboa, de 2 anos, relatou que está sendo ameaçada de morte nas redes sociais e, por isso, não vai poder comparecer ao enterro do filho, neste sábado (20), às 15h, no Cemitério de Inhaúma, na Zona Norte. O menino deu entrada sem vida na emergência da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Ricardo de Albuquerque, Zona Norte, na quarta-feira (17). O caso é investigado pela Polícia Civil.
Publicidade"Eu e meu marido estamos recebendo muitas ameaças, nós estamos com medo de ir no enterro e acontecer alguma coisa com agente na saída. Até os meus parentes falaram para não irmos", disse Aline Júlia da Cruz Conceição, que prometeu registrar um boletim de ocorrência na delegacia.
Segundo Aline, o menino estava brincando com o irmão mais novo, de 11 meses, quando caiu e bateu a cabeça. No momento da queda, as crianças estavam com o padrasto.
O laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou que a causa da morte foi por um traumatismo na região do abdômen com uma lesão no pâncreas por ação contundente, como uma pancada.
"A única coisa que tenho para falar é que não houve agressão. Eu e meu marido não agredimos meu filho até porque eu como mãe nunca aceitaria isso. Ele estava brincando com o irmão na cama e caiu", garante a mãe.
O menino chegou a ser levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Ricardo de Albuquerque e depois para o Hospital Municipal Albert Schweitzer. Lá, Kaleb passou por atendimento, realizou tomografia, ficou em observação por 4 horas e recebeu alta. Na quarta-feira (17), no entanto, a mãe diz que a criança amanheceu gelada.
Ela e o padrasto chegaram a levá-lo à UPA, mas o menino já chegou na unidade básica sem vida. Por conta disso, a família registrou um boletim de ocorrência contra o hospital, por negligência. "Isso foi negligência médica. Eu quero saber porque ele foi liberado sendo que não estava bem e nem medicado", disse ao DIA.
Outros familiares, no entanto, suspeitam que Kaleb era vítima de maus-tratos. A 31ª DP (Ricardo de Albuquerque) instaurou um inquérito para apurar o caso. As hipóteses de negligência e de maus-tratos estão sendo investigadas. Agentes da distrital ouvem testemunhas, levantam informações e realizam buscas para esclarecer a morte. A mãe e o padrasto do menino devem ser ouvidos na próxima semana.
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