Publicado 01/08/2024 17:29
Rio - A Justiça do Rio manteve, durante audiência de custódia realizada nesta quinta-feira (1º), a prisão de João Phelippe de Souza Melo, acusado de agredir a namorada, a manter presa em um banheiro e roubar os pertences da vítima. Os crimes ocorreram em Copacabana, na Zona Sul, em 13 de julho e a mulher segue internada.
PublicidadeO juiz Pedro Ivo Martins Caruso D'Ippolito analisou a legalidade do mandado de prisão preventiva que estava em aberto contra o homem. Segundo o magistrado, o título prisional está dentro do prazo de validade e não foi revogado.
João está preso desde essa terça-feira (30) depois de ser encontrado por policiais da 13ª DP (Ipanema) em Campo Grande, na Zona Oeste. O homem é réu pelos crimes de cárcere privado e roubo mediante violência após agredir a namorada, a médica Ana Cristina Benites do Nascimento, na casa da vítima em Copacabana, em meados de julho.
O caso aconteceu por volta das 2h40 do dia 13 no apartamento da mulher na Rua Sá Ferreira. Segundo as investigações, Ana e João chegaram juntos ao imóvel e, após uma discussão, o homem começou a agredi-la com socos, chutes e puxões de cabelo. A médica desmaiou e em seguida o acusado roubou joias, relógios e outros bens. Ele ainda a trancou no banheiro antes de deixar o apartamento.
De acordo com o Boletim de Atendimento Médico de Ana, que consta no documento que tornou João réu, a vítima chegou no Hospital Copa D'Or, em Copacabana, com traumatismo craniano, fratura na mandíbula e em algumas costelas.
Em entrevista ao 'RJTV', da TV Globo, a vítima contou que foi colocada desacordada dentro de um banheiro de sua residência. Ela falou que conseguiu escapar com uma tampa de caneta.
"Eu vi a morte. Ele me bateu muito. Quando ele viu que eu estava desacordada, ele pegou, me jogou dentro desse banheiro e trancou por fora. Não sei como eu abri aquela porta. Uma tampinha de caneta. O que eu passei, eu não desejo para o meu pior inimigo", disse.
A médica revelou que já tinha feito quatro registros de ocorrência contra o namorado por agressões, mas o perdoou. Ambos estavam juntos há 10 meses.
"Toda a vez que a gente brigava, eu botava ele para fora. Ele vinha, pedia perdão, chorava e eu deixava voltar. A gente vai pelo coração não pela razão. Eu não acreditava que ele ia fazer isso. Se acreditasse, eu não tinha levado ele pra casa", completou.
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