João Phelippe de Souza Melo está preso por agredir a namorada em Copacabana, na Zona SulReprodução
'Eu vi a morte', diz médica agredida pelo namorado em Copacabana
Ana Cristina Benites do Nascimento disse que conseguiu escapar do banheiro usando a tampa de uma caneta; João Phelippe de Souza Melo está preso
Rio - "Eu vi a morte. O que eu passei, eu não desejo pro meu pior inimigo". O relato é da médica e perita Ana Cristina Benites do Nascimento, que foi agredida e mantida em cárcere privado pelo companheiro João Phelippe de Souza Melo, em Copacabana, na Zona Sul. Ela está internada há mais de duas semanas no Hospital Copa d'Or se recuperando de traumatismo craniano, fraturas na costela e no rosto. João Phelippe foi preso na terça-feira (30).
Em entrevista ao 'RJ2', da TV Globo, a vítima disse que foi colocada desacordada dentro de um banheiro de sua residência. Ela falou que conseguiu escapar com uma tampa de caneta.
"Eu vi a morte. Ele me bateu muito. Quando ele viu que eu estava desacordada, ele pegou, me jogou dentro desse banheiro e trancou por fora. Não sei como eu abri aquela porta. Uma tampinha de caneta. O que eu passei, eu não desejo para o meu pior inimigo", disse.
A médica revelou que já tinha feito quatro registros de ocorrência contra o namorado por agressões, mas o perdoou. Ambos estavam juntos há dez meses.
"Toda a vez que a gente brigava, eu botava ele para fora. Ele vinha, pedia perdão, chorava e eu deixava voltar. A gente vai pelo coração não pela razão. Eu não acreditava que ele ia fazer isso. Se acreditasse, eu não tinha levado ele pra casa", completou.
O caso aconteceu por volta das 2h40 do dia 13 deste mês, no apartamento da vítima na Rua Sá Ferreira. De acordo com as investigações, Ana e João chegaram juntos ao imóvel e, após uma discussão, o homem começou a agredi-la com socos, chutes e puxões de cabelo. Ana desmaiou e em seguida o acusado roubou joias, relógios e outros bens. Ele ainda a trancou no banheiro antes de deixar o apartamento.
Segundo o Boletim de Atendimento Médico de Ana, que consta no documento que tornou João réu, a vítima chegou em uma unidade hospitalar com traumatismo craniano, fratura na mandíbula e em algumas costelas.
A médica está internada no Hospital Copa d'Or, em Copacabana. Segundo a direção da unidade, ela se encontra em pós-operatório de correção de fratura na mandíbula. Seu quadro é considerado estável, em bom estado geral, mas sem previsão de alta.
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