João Phelippe de Souza MeloReprodução
Médica agredida por namorado em Copacabana teve traumatismo craniano, fraturas no rosto e na costela
Ana Cristina Benites do Nascimento está internada no Hospital Copa d'Or, na Zona Sul; João Phelippe de Souza Melo foi preso nesta terça-feira (30)
Rio - A médica e perita Ana Cristina Benites do Nascimento, agredida e mantida em cárcere privado pelo companheiro em Copacabana, na Zona Sul, sofreu traumatismo craniano, fraturas na face e nas costelas. Ela chegou a desmaiar por causa das agressões antes de ter os pertences roubados. João Phelippe de Souza Melo foi preso nesta terça-feira (30) em Campo Grande, na Zona Oeste.
O caso aconteceu por volta das 2h40 do dia 13 deste mês, no apartamento da vítima na Rua Sá Ferreira. De acordo com as investigações, Ana e João chegaram juntos ao imóvel e, após uma discussão, o homem começou a agredi-la com socos, chutes e puxões de cabelo. Ana desmaiou e em seguida o acusado roubou joias, relógios e outros bens. Ele ainda a trancou no banheiro antes de deixar o apartamento.
Segundo o Boletim de Atendimento Médico de Ana, que consta no documento que tornou João réu, a vítima chegou em uma unidade hospitalar com traumatismo craniano, fratura na mandíbula e em algumas costelas.
A médica está internada no Hospital Copa d'Or, em Copacabana. Segundo a direção da unidade, ela se encontra em pós-operatório de correção de fratura na mandíbula. Seu quadro é considerado estável, em bom estado geral, mas sem previsão de alta.
Prisão do acusado
João Phelippe foi preso nesta terça-feira (30), em Campo Grande, na Zona Oeste, por agentes da 13ª DP (Ipanema). Contra ele havia um mandado de prisão em aberto.
Na quinta-feira passada (25), a juíza Daniella Alvarez Prado, do Juizado de Violência Doméstica Familiar do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ), tornou o acusado réu pelos crimes de cárcere privado e roubo mediante violência, além de decretar a sua prisão. Para a magistrada, o homem em liberdade põe em risco à integridade física e psicológica da vítima.
"Necessária a decretação da sua prisão preventiva para permitir que ela esteja a salvo de qualquer ato lesivo capaz de pôr em risco a sua vida. Saliente-se que a instrução criminal sequer se iniciou, de modo que a liberdade do acusado implica na formação das provas, sobretudo no depoimento livre da vítima, a fim que ela preste seu depoimento livre de quaisquer ameaça ou pressão", escreveu.
A juíza ainda determinou medidas cautelares contra o homem como a proibição dele se aproximar da vítima no limite máximo de 250m, a proibição de contato com a mulher e a proibição de frequentar a residência da médica.
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