Fabíola de Andrade é rainha de bateria da MocidadeReprodução/Instagram

Rio - A prisão do contraventor Rogério de Andrade, ocorrida nesta terça-feira (29), fez a web resgatar um vídeo íntimo, de 2019, em que a mulher dele, a atual rainha de bateria de bateria da Mocidade, Fabíola de Andrade, aparece em uma orgia com três seguranças da família.
Com o contraventor do centro do noticiário, o material voltou a viralizar. No ano passado, Fabíola se manifestou sobre o assunto e explicou que o marido aprovou a cena e até assistiu ao momento de intimidade. 
“Infelizmente vazou, mas é uma coisa que pra mim e pro meu marido é super natural. Todo mundo tem fetiche, todo mundo tem seus desejos. É algo muito natural e normal para muitos casais. Quis mostrar para as mulheres que elas não têm que se preocupar com o que o outro está falando”, disse na ocasião.
No Instagram, Fabíola desabafou sobre os julgamentos que recebeu com o ocorrido. "É uma situação bem chata, muito constrangedora, principalmente para a mulher. Os homens julgam muito, tem muitos homens que falam besteira, coisas absurdas que não tem nada a ver. É bem mais difícil para a mulher... para o homem não pega mal, não sei por quê. A vontade que dá no homem dá na mulher também. O povo é machista", disse, ao responder um seguidor.
Em 2022, o Ministério Público incluiu, em documentos da Operação Calígula, troca de mensagens que cita vídeo íntimo e identifica Jeferson Carvalho, o Feijão, segurança e braço-direito de Rogério, preso em julho do ano passado, como um dos homens que aparecem nas imagens.
"Os caras querem mais o quê? Ganham dinheiro, trabalham com o p*** do Brasil, e ainda f**** a gostosa da mulher dele, a pedido do cara? Não vão largar esse emprego nunca", escreveu Carlos Eduardo de Almeida da Silva, o Kadu, a outro integrante da quadrilha.
Kadu, também denunciado, era gestor operacional do bingo Quebra-Mar, estabelecimento central da denúncia que levou à prisão os delegados Adriana Belém e Marcos Cipriano por relação com Andrade.
A conversa em referência à Fabíola aparece no documento entre diálogos nos quais a quadrilha trata de ações criminosas. Os assuntos pessoais não foram objeto das denúncias oferecidas à Justiça, que trataram exclusivamente das infrações penais.
O contraventor Rogério de Andrade foi preso na manhã de terça-feira (29), pela morte de Fernando de Miranda Iggnácio, em 2020. A operação Último Ato, do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio (Gaeco/MPRJ), aponta o bicheiro como mandante do homicídio do rival.
A vítima e o denunciado são, respectivamente, genro e sobrinho de Castor de Andrade, um dos maiores chefes do jogo do bicho no Rio, que morreu em 1997.
Quem é Rogério de Andrade?
Rogério de Andrade é sobrinho de Castor de Andrade, que dominava o jogo do bicho nas décadas de 1970 e 1980. Após a morte de Castor, em 1997, ele passou a disputar o espólio com Fernando Iggnácio, genro do patrono, que foi assassinado há quase quatro anos. Além disso, é patrono da Mocidade Independente de Padre Miguel, que tem sua mulher, Fabíola Andrade, como rainha de bateria. O contraventor chegou a ser preso em 4 de agosto de 2022, em Petrópolis, na Região Serrana.
À época, ele era considerado foragido desde a deflagração da operação Calígula, em maio daquele ano, contra redes de jogos de azar. Rogério deixou a cadeia em dezembro do mesmo ano, após uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) conceder liminar para substituir a prisão preventiva por medidas cautelares, que incluíam a tornozeleira eletrônica e o recolhimento domiciliar à noite. Em abril deste ano, o ministro do STF, Kassio Nunes Marques, revogou as medidas cautelares.  
Fabíola Andrade tem 37 anos é mãe de dois filhos com o bicheiro. O casal está junto há mais de dez anos. Rainha de bateria da Mocidade pelo segundo ano consecutivo em 2025, ela já foi musa da escola em 2016, mantém uma rotina de exercícios físicos que a deixam com o corpo definido e super coxas, resultado de treinos frequentes de musculação.