Publicado 29/10/2024 08:07
Rio - A ação penal que investiga o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes se aproxima de uma fase decisiva, com a previsão de término dos depoimentos dos réus nesta terça-feira (29). A audiência está prevista para encerrar com a oitiva do ex-assessor de Domingos Brazão, Robson Calixto da Fonseca, conhecido como Peixe, e o interrogatório do ex-policial militar Ronald Paulo Alves Pereira, o major Ronald.
Esta terça é último dia reservado para os depoimentos dos envolvidos, após a oitiva das testemunhas de acusação e defesa, incluindo os assassinos confessos Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz. Apontados como mandantes do crime, o deputado federal Chiquinho Brazão (Sem partido-RJ), o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio, já foram ouvidos e negaram qualquer envolvimento.
PublicidadeEsta terça é último dia reservado para os depoimentos dos envolvidos, após a oitiva das testemunhas de acusação e defesa, incluindo os assassinos confessos Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz. Apontados como mandantes do crime, o deputado federal Chiquinho Brazão (Sem partido-RJ), o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio, já foram ouvidos e negaram qualquer envolvimento.
Eles respondem pelos crimes de homicídio e organização criminosa e permanecem presos por ordem do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF). Eles estão presos desde o fim de março após uma operação da Polícia Federal. O crime teria sido encomendado pelos irmãos, réus desde junho em processo que também apura a morte da vereadora e do motorista.
Segundo investigação da Procuradoria Geral da República (PGR), a morte de Marielle seria uma maneira de frear os embates da parlamentar contra os loteamentos clandestinos de terras na Zona Oeste. A vereadora teria sido contra uma série de projetos de leio que favoreciam ao clã Brazão. Os dois possuíam interesse econômico direto na aprovação das normas legais que facilitassem a regularização, uso e ocupação do solo na Zona Oeste, que inclui áreas dominadas pela milícia
Robson Calixto da Fonseca e o major Ronald são suspeitos de monitorar a vereadora na semana anterior do crime e planejar o atentado. Eles foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pelo assassinato da vereadora. Apelidado como 'Peixe', o ex-assessor foi preso em abril deste ano durante uma ação da Polícia Federal. Ele responde por integrar organização criminosa com os irmãos Brazão. No entanto, ele nega a participação e também que teria ligações com a milícia. Ronald já cumpre pena por quatro homicídios, ocultação de cadáver e foi um dos chefes da milícia na comunidade da Muzema.
Robson Calixto da Fonseca e o major Ronald são suspeitos de monitorar a vereadora na semana anterior do crime e planejar o atentado. Eles foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pelo assassinato da vereadora. Apelidado como 'Peixe', o ex-assessor foi preso em abril deste ano durante uma ação da Polícia Federal. Ele responde por integrar organização criminosa com os irmãos Brazão. No entanto, ele nega a participação e também que teria ligações com a milícia. Ronald já cumpre pena por quatro homicídios, ocultação de cadáver e foi um dos chefes da milícia na comunidade da Muzema.
O interrogatório faz parte do processo que julga os cinco réus pelo assassinato de Marielle e de Anderson, ocorrido em março de 2018. Os acusados já tinham prestado depoimento depois das prisões e apresentado suas defesas após as denúncias da Procuradoria-Geral da República (PGR). Após essa fase processual, os advogados dos réus e a acusação terão cinco dias para avaliar a necessidade de novas investigações. Se isso não acontecer, o processo entra na fase das alegações finais.
Relembre o caso
A vereadora Marielle Franco foi assassinada na noite de 14 de março de 2018, no bairro do Estácio, Região Central do Rio. A parlamentar, que estava acompanhada do motorista Anderson Gomes, de 39 anos, e da assessora Fernanda Chaves, de 43, voltavam de um evento de mulheres negras na Rua dos Inválidos, na Lapa.
O carro onde a vereadora estava passava pela Rua Joaquim Palhares, próximo a Praça da Bandeira, quando um carro, modelo Chevrolet Cobalt, na cor prata, emparelhou com o veículo. Em seguida, foram feitos nove disparos. Quatro deles atingiram Marielle, sendo três na cabeça e um no pescoço. Anderson foi atingido por três disparos nas costas, ambos morreram dentro do carro. A assessora ficou ferida por estilhaços.
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