Sistema Guandu é responsável pelo abastecimento de mais de 10 milhões de pessoasDivulgação
Publicado 27/11/2024 10:14 | Atualizado 27/11/2024 15:05
Rio - A Cedae concluiu, às 22h de terça-feira (26), a manutenção preventiva anual do Sistema Guandu, e o tratamento de água foi retomado gradativamente. No entanto, uma adutora, de responsabilidade da Águas do Rio, rompeu-se na madrugada de terça-feira (26), em Rocha Miranda, na Zona Norte. Desde as 9h33 desta quarta-feira, o Sistema Guandu opera com 49% da capacidade a pedido das concessionárias responsáveis pela distribuição. 
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Essas empresas também finalizam reparos nas respectivas redes. Assim que os serviços forem concluídos, a Companhia irá retomar a produção total de água. A Águas do Rio informou que concluiu as manutenções previstas na capital e na Baixada, mas trabalha para consertar a adutora rompida sob sua responsabilidade.
Rompimento de adutora
O rompimento da adutora em Rocha Miranda, além de uma morte, causou o desabamento de casas e outros prejuízos para os moradores. Para o reparo, o fornecimento de água do Sistema de Ribeirão Lajes, está reduzido.
O incidente afeta diversas áreas da cidade. A previsão é que o conserto seja concluído até a noite desta quarta-feira. A recomendação da concessionária Águas do Rio é de que a população economize água até a normalização do fornecimento.
Moradora do Jardim Carioca, na Ilha do Governador, a empregada doméstica Marcilene Almeida lembra que o bairro está sem água desde quinta-feira da semana passada (21). "Aqui, próximo ao Shopping Jardim Carioca, estamos sem água. São três idosos, duas pessoas especiais. Somos famílias sem água", lamenta Marcilene. O problema também persiste na Avenida Paranapuã, no Parque Royal, em Cocotá e Tubiacanga, na Ilha. 
Em Santa Teresa, na Região Central, moradores também estão sem água. A moradora Tati Silva afirma que o problema começou na terça-feira de manhã e lamenta o prejuízo de precisar comer fora e comprar água.
"É tudo muito difícil pra lavar a louça, pra cozinhar, para tudo. Sempre acontece isso. Eu mando mensagem lá para empresa, Águas do Rio. Ontem eles deram até 24 horas e já excedeu esse prazo", conta.
O problema se repete em bairros da Zona Norte, Sul e Centro da capital.
O prazo para a regularização do fornecimento em todas as localidades com o abastecimento impactado é de 72 horas, ou seja, vai até o próximo sábado (30). No entanto, a concessionária Águas do Rio acrescenta que o processo de recuperação do sistema é gradativo, podendo levar mais tempo em áreas elevadas, nas extremidades das redes de distribuição e onde houver ocorrências neste período.

"O abastecimento alternativo, por meio de caminhão-pipa, está sendo priorizado para unidades de saúde, como hospitais e clínicas", afirmou a concessionária em nota.
Áreas com fornecimento comprometido
Rio de Janeiro: Glória, Catete, Flamengo, Laranjeiras (partes), Centro, Catumbi, Cidade Nova, Estácio e a Zona Norte da cidade, com exceção da Grande Tijuca;

Japeri: Cidade Jardim Marajoara, Cidade Sr. Do Bonfim, Citrópolis, Eldorado, Marajoara, Morro Citrópolis, Parque Guandu, Parque Mucaja, Parque Santos, Santa Terezinha, Belo Horizonte, Centro, Engenheiro Pedreira, Eucaliptos, Jardim Primavera, Jardim São João, Nova Belém, São Jorge, Transmontana e Vila Central;
Nova Iguaçu: Jardim Guandu, Prados Verdes e KM-32;

Queimados: Distrito Industrial, Jardim Campo Alegre, Jardim da Fonte, Parque Industrial, Parque Olimpo, Piabas, Pinheiro, Parque Ipanema, Eldorado, Fonte Cova, Grande Rio, Jardim São Miguel, Jardim Magnolia, Jardim Santa Rosa, Jardim Vista Alegre, Parque Valdariosa e Valdariosa.
Manutenção para o verão
A manutenção feita pela Cedae no Sistema Guandu preparou as estruturas do sistema para os meses do verão com empenho de mais de 500 profissionais, incluindo engenheiros, eletricistas, mecânicos e agentes de saneamento. O Sistema Guandu é composto pela Estação de Tratamento de Água (ETA) do Guandu e a Elevatória do Lameirão.

Durante a intervenção, foram realizadas inspeções e correções, como a instalação de novos equipamentos, reparos diversos, ajustes eletromecânicos, revisão de peças e limpeza das estruturas que não podem ser acessadas durante a operação normal. Segundo a Cedae, a operação incluiu obras de modernização do sistema, como a instalação de válvulas dos macromedidores, equipamentos capazes de realizar a medição de grandes vazões de água, possibilitando maior controle de perdas.
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