Criminosos contavam com a participação de ex-policial militar de GoiásReprodução / Pcerj

Rio - A Polícia Civil prendeu em flagrante sete pessoas que planejavam transportar carros de luxo roubados e clonados para Goiás. A ação, parte da Operação Torniquete, resultou na recuperação de três veículos com placas clonadas. O grupo foi detido em um hotel no Centro, nesta quinta-feira (27).

Dentre os presos, está Thiago Amon Matias, um ex-policial militar de Goiás, com passagens de roubo, receptação, associação criminosa, porte ilegal de arma de fogo e diversos outros. Ainda de acordo com a polícia, os outros membros são Tiago Martins Silva, Waflan Albiere Souza, Israel Ferreira Alves, Roberta da Silva Nunes, Islane Ferreira Alves e Maria Luiza Batista.
Durante a investigação, os agentes localizaram o carro estacionado na hospedaria e prenderam um homem no momento em que ele entrava no veículo. Ele confessou que estava no Rio a mando do crime organizado e revelou a localização dos seis comparsas.

Os outros seis suspeitos foram detidos no quarto do estabelecimento, na Rua Joaquim Silva, 57. No local, foram encontrados chaves de outros dois veículos (Toyota SW4 preto e Jeep Renegade prata), posteriormente confirmados como roubados e clonados.

Todos os homens possuem antecedentes criminais. Segundo investigações, as mulheres integravam o grupo com o intuito de evitar suspeitas durante possíveis abordagens.
A operação, conduzida pela 19ª DP (Tijuca) com apoio do 1º e 2º Departamento de Polícia de Área (DPA), da 5ª DP (Mem de Sá) e da 7ª DP (Santa Cruz), teve início após o setor de inteligência identificar que um veículo Toyota SW4 seria levado para fora do estado.
Os sete foram encaminhados à 19ª DP (Tijuca), onde foi dado o Auto de Prisão em Flagrante pelos crimes de receptação, associação criminosa e adulteração de sinal de veículo automotor.
Após as formalidade legais, os criminosos foram levados para o presídio de Benfica, onde permanecem à disposição da Justiça.
Operação Torniquete

Iniciada em setembro de 2024, visa reprimir roubos, furtos e receptação de cargas e veículos que financiam atividades de facções criminosas. Desde então, são mais de 400 presos, além da recuperação de veículos e cargas.

Em dezembro de 2024, a equipe teve como alvo Fernandinho Beira-Mar, preso na Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná. Ele é investigado por gerenciar o tráfico de drogas e planejar roubos de cargas em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.