Em determinado momento, o homem pediu para parar, mas as agressões continuaramDivulgação

Rio – Um vigilante da rede de supermercados Hortifruti foi agredido e detido à força por agentes do Segurança Presente, na manhã desta sexta-feira (28), na Rua Barão do Bom Retiro, no Grajaú, Zona Norte. Em imagens que circulam pela internet, é possível ver o homem sendo imobilizado por dois agentes no estabelecimento, enquanto funcionários e clientes pediam para soltá-lo.
Veja o vídeo: 


Segundo testemunhas, os agentes foram acionados pelo segurança para apurar uma ocorrência envolvendo uma criança que havia danificado a vidraça do estabelecimento com uma pedra. Após os policiais pedirem que ele fosse à delegacia para prestar esclarecimentos, o homem disse que precisava esperar a chegada do supervisor. Na sequência, os PMs o imobilizaram com um mata-leão.
Em determinado momento, o homem pediu que as agressões parassem e chega a bater no chão com a mão direita. Um segundo colaborador, que não aparece nas imagens, também foi levado para prestar depoimento.

Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Governo do Rio de Janeiro (Segov) afirmou que os agentes foram acionados para uma denúncia de dano a estabelecimento comercial. No local, encontraram uma criança de 12 anos com as mãos amarradas com fita adesiva. O segurança se identificou como responsável pela ação e informou que o menino teria jogado uma pedra na porta de vidro.

Os policiais, então, informaram que todos os envolvidos seriam encaminhados para a 20ª DP (Vila Isabel) para esclarecimentos. O segurança ser recusou e os agentes o conduziram à força.
Na delegacia, um inquérito foi instaurado e o menino foi liberado na presença de um responsável. Os dois vigilantes foram autuados por lesão corporal. 

O DIA procurou a rede Hortifruti, que informou que "lamenta o ocorrido e repudia qualquer tipo de violência. A rede orienta que as autoridades sejam acionadas diante de qualquer ato que ameace a integridade de seus clientes ou colaboradores. A Hortifruti está apurando, junto à empresa de segurança contratada, se houve irregularidade na conduta do prestador de serviço e informa que solicitou o afastamento do segurança da operação da loja. A companhia segue à disposição das autoridades".