Presos durante operação conjunta no último sábado (15)Divulgação
Traficantes cortam cabos de internet e exigem que moradores utilizem rede clandestina na Zona Norte
No último sábado (15), sete criminosos foram presos por envolvimento com o crime
Rio - Traficantes de Brás de Pina e Penha Circular, na Zona Norte do Rio, estão cortando cabos de internet e exigindo que moradores da região utilizem o serviço do tráfico. No último final de semana, as polícias Civil e Militar prenderam sete envolvidos com a rede clandestina, ligada ao Terceiro Comando Puro (TCP).
De acordo com denúncias de moradores, técnicos das empresas legalizadas não conseguem mais acessar os locais para realização de reparos. Em uma publicação nas redes sociais, um morador pede escolta para os funcionários das empresas conseguirem restabelecer o serviço.
"Por favor, abra uma ocorrência aí para que a polícia escolte as operadoras a voltarem a instalar portas para termos internet novamente, pelo amor de Deus, o povo não aguenta mais isso", clamou.
Os cortes nos fios vêm acontecendo até mesmo próximo às ruas principais dos bairros, como a Avenida Lobo Júnior.
“Estamos simplesmente abandonados pela segurança pública, uma semana sem internet porque a região de Brás de Pina, Penha Circular e outros estão dominados pelo tráfico, até agora ninguém da secretaria de segurança pública veio dar uma resposta para a população. Nós dêem voz!”, pediu outro morador.
No último sábado (15), sete pessoas foram presas por envolvimento com uma empresa de internet clandestina que operava em Brás de Pina. Eles teriam ligação com Álvaro Malaquias Santa Rosa, o Peixão, do Terceiro Comando Puro (TCP).
Davi de Araújo Torres, Windson Gervasio da Silva, Macrini Ferreira de Souza, Eduardo de Araújo Miranda, Gabriel dos Santos Cândido, Lucas Weslley do Nascimento Evangelista e Dayane Cristina Albino Gonçalves vão responder pelo crime de integração em organização criminosa.
As prisões ocorreram durante uma ação conjunta entre policiais militares do 16° BPM (Olaria) e policiais civis da 22ª DP (Penha), com o objetivo de reprimir a expansão de centrais de atividades de telecomunicação, televisão e internet que operam de maneira clandestina.
Segundo a PM, quando questionados, os suspeitos afirmaram que eram funcionárias de uma empresa, que estaria lançando um serviço de fibra óptica na região. O caso foi registrado na 22ª DP (Penha).
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