Foram apreendidos quatro tubos de linha chilena e diversos insumos para fabricação do produto ilegalDivulgação

Rio - Agentes do Comando de Polícia Ambiental (CPAm) encontraram, nesta terça-feira (18), um ponto de fabricação e estocagem de linhas cortantes, conhecidas como 'chilenas', na Rua Mathias de Albuquerque, em Bento Ribeiro. A ação partiu após uma denúncia anônima.
No local foram apreendidos quatro tubos de linha chilena e diversos insumos para fabricação do produto ilegal, incluindo uma máquina para derreter cola, uma maquina para enrolar linha e cinco carretilhas. A ocorrência foi registrada na 30ª DP.
Esta é a segunda operação contra a venda do produto ilegal depois da morte de Victor Hugo Silva, que teve o pescoço cortado por um material semelhante quando passava de moto pela Avenida Brasil, no último domingo (16). Na segunda-feira (17), a polícia civil fechou um estabelecimento que vendia linhas cortantes e prenderam o comerciante, em Realengo, na Zona Oeste.
 
Segundo testemunhas, Victor J. Silva, de 38 anos, estava trabalhando no momento do acidente - Rede Social
Segundo testemunhas, Victor J. Silva, de 38 anos, estava trabalhando no momento do acidenteRede Social
O caso de Victor é investigado pela 33ª DP (Realengo). Segundo a Polícia Civil, a perícia foi solicitada e diligências estão em andamento para esclarecer todos os fatos.
A comercialização, o uso, o porte e a posse da substância conhecida como “cerol” e da “linha chilena”, assim como qualquer outro produto utilizado na prática de soltar pipas que possua elemento cortante, é proibida por lei estadual. No caso das chilenas, que são consideradas quatro vezes mais perigosas do que o cerol, capazes até de cortar fiação elétrica, a pena varia entre três meses e um ano de detenção.
Denuncie
O Disque Denúncia, através do programa Linha Verde, pede ajuda nas denúncias sobre locais que fabricam e comercializam os produtos. O anonimato é garantido e as informações podem ser repassadas para os números 2253 1177 ou 0300 253 1177.