Luiz Cláudio e Luiz Phelippe morreram durante ataque a uma lanchonete em SulacapRede Social
Segundo testemunhas, bandidos armados em um carro passaram atirando na direção do estabelecimento. No local, também morreu Jadir Barbosa Tavares, 33 anos. Informações iniciais apontam que ele seria o alvo dos criminosos, no entanto, o caso ainda está sendo investigado.
Ainda segundo Andressa, todos estão muito abalados com o ocorrido. "Infelizmente, houve essa tragédia, todos sabem que aqui sempre foi um ambiente familiar, inclusive ficam crianças aqui. Estamos totalmente abalados, perdemos pessoas maravilhosas", complementou.
Já Luiz Cláudio, era frequentador assíduo do local. "Ele era amigo, fornecia churrasco para o meu pai e cliente também, sempre estava conosco, adorava brincar, trabalhador, ajudava sempre o próximo e com um ótimo coração", disse.
O idoso participava de um projeto de distribuição de quentinhas para pessoas em situação de rua. Tricolor de coração, ele deixa uma filha adolescente, que irá participar de uma Olimpíada Internacional de Matemática.
"A gente tinha uma ação social, que todo último domingo do mês a gente levava 60 e às vezes 80 quentinhas para Marechal Hermes, para distribuir para as pessoas em situação de rua. Ele era um cara de família, tem uma filha de 17 anos que está prestes a viajar na semana que vem para participar da Olimpíada de Matemática na Europa. A filha dele estudava na Tijuca, ele morava em Sulacap, saía cedo, levava-a e às vezes dormia no carro esperando que ela saísse", contou.
Ainda segundo Augusto, o tio estava sempre na lanchonete. "Ele estava lá direto, era tricolor, lá no bairro tem uma torcida organizada do Fluminense, então ele frequentemente estava lá. Ontem foi um dia atípico, foi o jogo do Flamengo, mesmo assim ele quis ir, mas aconteceu toda essa tragédia", lamentou.
O sobrinho comentou também como soube da notícia. "Eu estava dormindo, então meu irmão entrou em casa, me chamou e falou que ele, à princípio, havia sido baleado, mas um dos funcionários estava lá na porta e disse que achava que ele havia falecido. Eu fui lá, reconheci o corpo e é isso. Acordei a esposa dele, avisei, mas não há muito o que fazer. Fica um vazio muito grande", complementou.
Augusto reforçou que Luiz sempre fez de tudo para ajudar o próximo e que não sabe como prosseguir com o projeto solidário do tio.
"É um sentimento de muita dor, porque é uma bala que não atingiu só ele, atingiu várias pessoas. E por mais que a gente queira tocar esse trabalho, era uma responsabilidade muito grande. Ele acordava às 2h para cozinhar, montava as quentinhas, colocava-as no isopor, depois no carro, separava a água e o guaraná natural. Então, é um trabalho que é muito pesado para uma pessoa, e ele conseguia fazer de uma forma tão tranquila que parecia até fácil", afirmou.









