O alvo da ação é Paulo César Baptista de Castro, também conhecido como 'Paulinhozinho' ou 'Paulinho do Fogueteiro'Divulgação

Rio - A Polícia Civil realizou uma operação, nesta segunda-feira (12), para cumprir quatro mandados de prisão na comunidade do Fallet-Fogueteiro, no Rio Comprido, na Região Central do Rio. O principal alvo da ação era o chefe do tráfico Paulo César Baptista de Castro, também conhecido como "Paulinhozinho" ou "Paulinho do Fogueteiro". Ao todo, os agentes prenderam três suspeitos e apreenderam drogas, joias e aparelhos eletrônicos.
Segundo investigações, o traficante estaria escondido em um imóvel utilizado como ponto de apoio logístico da facção Comando Vermelho (CV). No entanto, ele não foi localizado.
O imóvel, que também era utilizado como ponto de armazenamento de drogas e armamento pesado, pertencentes à organização criminosa, fica no alto do morro e tem uma área de lazer com churrasqueira e hidromassagem. Durante as buscas no local, houve intenso tiroteio na comunidade.

De acordo com relatórios de inteligência, Paulinhozinho exerce papel de liderança estratégica e financeira na facção, sendo um dos responsáveis pela chamada "caixinha do Comando Vermelho" – sistema de arrecadação e guarda de recursos ilícitos destinados ao financiamento de invasões armadas, aquisição de armamento e manutenção da estrutura criminosa.

Com 93 anotações criminais, ele é considerado altamente perigoso e reincidente. Segundo informações do Disque Denúncia, o traficante também é investigado por recrutar adolescentes da comunidade e os levar para trabalhar no tráfico.
Os três presos durante a operação foram autuados em flagrante pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico. A investigação aponta, que o trio é do estado do Amazonas e atuava como elo entre os traficantes da região Norte e membros do Comando Vermelho no Rio de Janeiro. Os aparelhos celulares e notebook apreendidos passarão por perícia.
A operação ocorreu por meio da Delegacia de Repressão a Armas, Munições e Explosivos (Desarme), com apoio de outras unidades do Departamento de Polícia Especializada (DGPE) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core). As investigações continuam para desarticular a facção e localizar todas suas lideranças.