Tubarão foi visto no último domingo (18)Reprodução
O fotógrafo Juan Duarte, que gravou a aparição do animal, contou ao DIA que os alunos ficaram surpresos.
"Eles ficaram bem surpresos, assim que foi avistado o tubarão os instrutores pediram para que todos saíssem e eu só percebi quando o aluno veio até mim", contou.
Tubarão é visto no mar da Praia da Barra da Tijuca.
— Jornal O Dia (@jornalodia) May 20, 2025
Crédito: Arquivo pessoal/Juan Pablo pic.twitter.com/u3sOT3arsM
A turma, composta por cerca de 10 alunos, foi retirada da água por precaução. Segundo Flávio Siqueira, instrutor da escola, o animal parecia tranquilo.
"Tiranos todos os alunos da água e os colocamos em segurança. Apesar do animal estar aparentemente tranquilo passeando, nunca sabemos a sua reação" disse.
O animal é, possivelmente, um tubarão-martelo. A espécie raramente está envolvida em ataques a humanos.
Segundo o biólogo Rodrigo Leão, a aparição de tubarões na costa é algo comum, porém, com a prática de pesca, tem se tornado cada vez mais raro.
"Tubarões são organismos frequentes e importantes nos ecossistemas marinhos de todo o mundo. Infelizmente esses animais são muito visados pela pesca, o que os tornou cada vez mais raros nas últimas décadas, na nossa costa. Com isso, acabamos perdendo a memória sobre a presença comum", expôs.
O que fazer ao notar a presença de um tubarão
Ao perceber que há um tubarão no mar, o ideal é que o banhista se afaste do animal e evite interações, apesar de ser extremamente raro o ataque de tubarões.
"O ideal é que o banhista saia da água e alerte o guarda-vidas mais próximo, no sentido de evitar o contato mais direto com o animal", explicou o biólogo.
O Corpo de Bombeiros sinaliza a presença de animais marinhos, como tubarões, com bandeiras roxas fincadas na areia.
A fim de minimizar os riscos, é preferível que as pessoas evitem entrar no mar em áreas de risco conhecidas e sinalizadas.
"Outras medidas importantes são evitar o banho de mar quando houver uma avistagem próxima, e evitar nadar fora da zona de arrebentação ou em períodos de crepúsculo, de manhã cedo ou no final da tarde, quando a atividade alimentar dos tubarões é mais intensa", esclareceu.
O biólogo ainda relembrou o fato de que tubarões não se alimentam de seres humanos, mas podem confundir com suas presas naturais.
O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) reforçou que são raros registros de acidentes envolvendo tubarões no Rio de Janeiro, apesar do litoral ser habitat natural dos tubarões.
"É recomendado que não se estimule a interação com o animal, nem a pesca, já que várias das espécies brasileiras são consideradas ameaçadas de extinção", disse por meio de nota.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.