Decisão de Eduardo Paes acontece após encontro com Federação de Moto Clubes, no dia 27 Arquivo/Agência O Dia
Prefeitura vai revisar limitação de velocidade e proibição em vias centrais para motos
Medidas haviam sido anunciadas há cerca de duas semanas, como parte do Plano de Segurança Viária
Rio - A Prefeitura do Rio informou, nesta quinta-feira (29), que vai revisar dois pontos do Plano de Segurança Viária. As mudanças no trânsito para motociclistas foram anunciadas no último dia 16 e previam, entre outros pontos, a limitação de velocidade e proibição da circulação em vias centrais. As medidas foram adotadas com base em dados de acidentes em 2024, que registrou o maior número de mortes desde 2008, e entrariam em vigor em junho.
De acordo com a prefeitura, na última terça-feira (27), o prefeito do Rio se reuniu com a Federação de Moto Clubes. Após o encontro, Eduardo Paes decidiu que irá revisar dois pontos do plano, sendo eles a regulamentação de limitação da velocidade máxima para motocicletas nas vias da cidade em até 60 km/h e a autorização da circulação de motocicletas nas pistas centrais. A última, já começaria a valer no próximo mês, na Avenida Presidente Vargas, no Centro, e seria aplicada gradativamente nas Avenidas Brasil e das Américas.
Além dessas medidas, o Plano de Segurança Viária também prevê mais 50 quilômetros de motofaixas, além dos atuais 6km na Avenida Rei Pelé (4km), na Zona Norte, e na Autoestrada Engenheiro Fernando Mac Dowell (2km), em São Conrado, na Zona Sul. Elas serão implantadas a partir de junho, de forma gradativa, na Avenida das Américas (33km); Rua Mário Ribeiro (2km); Avenida Epitácio Pessoa (8km); e Avenida Borges de Medeiros (7km).
A implantação do plano ocorreu após dados da Secretaria Municipal de Saúde apontarem que 723 pessoas morreram no trânsito no ano passado, uma média de duas mortes por dia. Desse total, 69% eram motociclistas, 15% pedestres, 11% ciclistas e 5% ocupantes de automóveis. Além disso, apenas no primeiro trimestre de 2025, houve aumento de 17% de pessoas lesionadas por acidente de trânsito em relação ao ano de 2024. Enquanto em números de mortes, houve um crescimento de 43%.
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