Rio - O ex-prefeito de Belford Roxo Adenildo Braulino dos Santos, mais conhecido como Dennis Dauttmam, morreu aos 61 anos na madrugada desta quinta-feira (5). Ele estava internado com quadro de pneumonia grave, desde o último sábado (31), no Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
Nas redes sociais, o filho dele, que também leva o nome de Dennis Dauttmam, lamentou o caso. "Saiba que fiz tudo o que poderia ser feito para ter você aqui comigo! Porém, papai do ceú decidiu te recolher. Te amo, pai", disse.
Em nota, a unidade de saúde informou que o quadro do ex-prefeito já havia piorado no domingo (1º) após uma insuficiência respiratória aguda, com necessidade de intubação.
"A direção do HMAPN informa que o paciente vinha mantendo o quadro gravíssimo, sem evolução de melhora, e na madrugada desta quinta-feira (5) evoluiu com parada cardiorrespiratória (PCR). Informa ainda que foram realizadas manobras de reanimação, sem sucesso. A rotina de óbito foi realizada, na manhã desta quinta-feira, com a presença de familiares", informou em comunicado.
Trajetória
Natural da Bahia e morador de Belford Roxo há mais de 38 anos. Dennis já foi reconhecido no ramo da moda antes de iniciar sua vida pública. Filho da costureira Nilda Maria Barbosa, ele começou auxiliando sua mãe e depois criou suas próprias peças. Fundou a grife “Alto Astral”, mais tarde rebatizada com seu nome, e vestiu artistas como Silvinho Blau Blau.
Na política, começou como vereador, eleito em 2004 pelo PRONA, sendo reeleito em 2008, com 4.178 votos. Em 2012, foi eleito prefeito da cidade pelo PCdoB. Na ocasião, venceu o segundo turno contra Waguinho com 61,46% dos votos válidos. O seu mandato durou até 2016.
Logo depois, ele chegou a ser alvo de uma operação do Ministério Público por suspeita de desvios de dinheiro público.
"No ano de 2016, último ano do seu mandato, o réu, na qualidade de chefe do Poder Executivo e, portanto, principal ordenador de despesas do Município de Belford Roxo, desrespeitou o limite máximo de repasse para o Poder Legislativo, agravando, com isso, o defict financeiro municipal", dizia à época, um trecho da denúncia.
Na ocasião, a Justiça determinou o bloqueio de contas bancárias e a indisponibilidade de bens, como imóveis e veículos, para garantir eventual ressarcimento aos cofres públicos.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.