Apreensão de R$ 120 mil em espécie na residência de um dos alvos da operação Divulgação/PF

Rio - A Polícia Federal realiza, na manhã desta quarta-feira (16), a Operação Liberum Arca contra uma organização criminosa especializada em praticar furtos mediante fraude contra clientes da Caixa Econômica Federal. Na ação, os agentes cumprem cinco mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos investigados nos municípios de Macaé, Rio das Ostras, Duque de Caxias, na capital do Rio e em São Paulo.
Durante as buscas, R$ 120 mil em espécie foram encontrados na residência de um dos suspeitos, em Rio das Ostras. Segundo o delegado da PF de Macaé, Giuliano Cucco, responsável pela investigação, o grupo utilizava de dispositivos que prendiam o cartão dos clientes aos caixas eletrônicos.

"Esses clientes eram incentivados a ligar para uma central telefônica falsa, achando que estavam ligando para o Call Center do banco e acabavam passando para os criminosos as suas senhas e dados bancários. De posse dessas informações, os criminosos retiravam o cartão do cliente do caixa eletrônico e realizavam operações financeiras fraudulentas", explicou.


As investigações tiveram início em fevereiro de 2024, quando policiais da 154ªDP (Cordeiro) prenderam três suspeitos cometendo o crime. Após informações repassadas para PF, agentes realizaram novas diligências e constataram a existência de outros inquéritos sobre fatos semelhantes que, na verdade, eram praticados por uma organização criminosa. A partir disso, foram identificados outros integrantes da quadrilha. 
Os materiais apreendidos serão encaminhados à perícia técnica criminal para continuidade das investigações e identificação de possíveis outros integrantes da organização criminosa.

Por fim, o delegado emitiu um alerta para que golpes sejam evitados. "Seu cartão ficar preso no caixa eletrônico não aceite ajuda de estranhos, não transmita seus dados bancários e pessoais a estranhos, procure um funcionário devidamente identificado para auxiliá-lo", disse.
Em nota, a Caixa informou que atua conjuntamente com os órgãos de segurança pública nas investigações e operações que combatem fraudes e golpes. "Tais informações são consideradas sigilosas e repassadas exclusivamente à Polícia Federal e demais autoridades competentes, para análise e investigação", afirmou.

O banco reforçou que aperfeiçoa, continuamente, os critérios de segurança em movimentações financeiras, acompanhando as melhores práticas de mercado e as evoluções necessárias ao observar a maneira de operar de fraudadores e golpistas.

"Adicionalmente, a Caixa ressalta que monitora ininterruptamente seus produtos, serviços e transações bancárias para identificar e investigar casos suspeitos. E a instituição também esclarece que possui estratégias, políticas e procedimentos de segurança para a proteção dos dados e operações de seus clientes e dispõe de tecnologias e equipes especializadas para garantir segurança aos seus processos e canais de atendimento", frisou em comunicado.