Tamires e Victor trocaram alianças no ônibus da Justiça Itinerante Divulgação/Brunno Dantas/TJRJ
Tamires, por sua vez, contou que eles ficaram sabendo da disponibilidade de vagas para realizar o casamento apenas nesta segunda-feira (9) e, então, correram para juntar os documentos necessários. Além disso, ela destacou como a união oficializada é um passo importante para os filhos do casal. Tamires já tem três filhos de um relacionamento anterior, e ele, outros três. "É um passo grande nas nossas vidas, e uma responsabilidade ainda maior".
Além deles, e do outro lado do espectro em termos de tempo juntos, Jennifer Paiva e Moisés Brasil contaram que se conhecem há 13 anos, tendo, inclusive, tendo duas filhas juntos. Os dois já estavam tentando se casar desde 2023, mas, por questões da vida, acabavam não tendo sucesso. Até que, pouco tempo atrás, ficaram sabendo do evento através de uma pastora da igreja que frequentam.
"Esse tipo de evento é bem importante, pois muitas das vezes as pessoas acabam não tendo as condições de realizar essa união. E isso acaba sendo uma abertura, não só pra gente, mas também para todo mundo que tem o sonho de se casar", completa Jennifer.
No entanto, nem todo mundo que foi até o ônibus da Justiça Itinerante nesta manhã queria se casar. Este é o caso de Nicole Dantas, de 18 anos, que lá esteve com o objetivo de fazer a requalificação de seu registro civil.
De acordo com ela, o que mais a motivou a realizar o processo foi "disforia do nome morto", se referindo à dor e desconforto emocional que uma pessoa transgênero pode sentir ao ser chamada pelo seu nome de registro, em vez do seu nome escolhido. "Esse evento é importante pra mim porque preciso muito dessa requalificação, para eu poder seguir com a minha vida normal, com os meus estudos, o meu trabalho".
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