Pai de Juliana Marins se reuniu com gestão do parque que administra o Monte RinjaniReprodução / Instagram

Rio - O parque responsável pela administração do Monte Rinjani, na Indonésia, se comprometeu a rever os protocolos de segurança após a morte da brasileira Juliana Marins, de 26 anos. A informação foi confirmada por Manoel Marins, pai da jovem, em entrevista ao RJ2, da TV Globo, nesta terça-feira (1º). Ele se reuniu com representantes da Indonésia nos últimos dias. 
"Eu disse a  eles: 'Se vocês fizerem isso, vou sentir que a morte da minha filha não foi em vão, porque pode evitar a morte de muitas outras pessoas’. E, se ela não morrer em vão, isso traz um pouco mais de alento para o nosso coração", disse Manoel, emocionado.

Juliana fazia uma trilha no dia 21 de junho, quando caiu de um penhasco. O resgate foi dificultado pela geografia do local, e, por dias, ela só era vista por imagens de drone. Somente no dia 24, equipes de socorro confirmaram a morte da jovem, moradora de Niterói, na região metropolitana do Rio. Manoel também descreveu os últimos dias como os mais difíceis da vida dele.
Durante o intervalo entre a notícia da queda e o resgate, a família reclamou da demora em iniciar os trabalhos de busca. O corpo só foi resgatado no dia 25 e, para a família, houve negligência.
Segundo a Agência Nacional de Busca e Resgate da Indonésia, a brasileira não foi resgatada a tempo por conta das condições meteorológicas, terreno complicado e problemas na logística das operações de socorro.
Corpo de Juliana chega ao Rio
O corpo de Juliana chegou à Base Aérea do Galeão, na Zona Norte, às 19h40 desta terça-feira (1º). A urna funerária foi transportada em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), que partiu do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, às 18h40. O translado internacional começou a ser feito na segunda-feira (30), em um voo da companhia Emirates Airlines, com saída da Indonésia.
Com o suporte do Corpo de Bombeiros e da Polícia Federal, o corpo de Juliana foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), no Centro do Rio, para a realização de uma nova autópsia, que será feita na manhã desta quarta-feira (2).
O objetivo da necropsia é esclarecer dúvidas que surgiram após a divulgação do laudo na Indonésia.