Grupo de moradores protestou durante ação dos policiais militaresReprodução

Rio - Três homens morreram após serem baleados durante uma ação da Polícia Militar na comunidade do Muquiço, em Guadalupe, na Zona Norte, na manhã deste domingo (24). De acordo com a corporação, o trio é suspeito de atacar a tiros os militares que atuavam na região.
Em nota, a PM informou equipes do 9º BPM (Rocha Miranda) foram alvos de disparos durante patrulhamento no Muquiço, dando início a um tiroteio na comunidade. Após o confronto, os policiais encontraram os três suspeitos baleados e os encaminharam a uma unidade hospitalar da região, mas eles não resistiram.
Vídeos que circulam nas redes sociais mostram um grupo de moradores protestando contra ação dos militares enquanto eles colocam um dos feridos na viatura para realizar o socorro. "Estão deixando o corpo cair no chão. Isso é esculacho", grita uma mulher.
Violência no Muquiço
A jovem Sther Barroso dos Santos, de 22 anos, foi estuprada e espancada até a morte na saída de um baile funk na comunidade da Coreia, em Senador Camará, no último domingo (17). O principal suspeito é o traficante Bruno da Silva Loureiro, conhecido como Coronel, chefe da facção que atua no Muquiço, dominado pelo Terceiro Comando Puro (TCP).
De acordo com familiares da vítima, Sther e Coronel tiveram um breve relacionamento durante um período no qual a jovem morou na comunidade, mas eles não estavam mais juntos. Durante o enterro, a mãe da vítima voltou a apontar o traficante como responsável pelo crime brutal.
"Tirou a minha filha de mim. Eu não vou aguentar, ela era linda e cheia de planos. Eu quero justiça, quero a minha filha", lamentou Carina Couto.
Segundo a família, Coronel teria tentado manter relações sexuais com Sther durante o baile funk, mas ela recusou. Com isso, ela teria sido espancadas por criminosos do TCP e o corpo foi deixado na porta da casa onde ela morava, na Vila Aliança. Um laudo da Polícia Civil apontou que, além da série de agressões, a jovem também foi estuprada. O caso está sendo investigada pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).