Criminosos aplicavam golpe da falsa central de banco e ostentavam vida de luxo nas redes sociaisDivulgação / PCERJ

Rio - Três homens e uma mulher, integrantes de organização criminosa especializada no golpe da falsa central de banco, foram presos na Barra da Tijuca, Zona Sudoeste, nesta quinta-feira (16). O grupo, que levava vida de luxo e ostentava na internet, movimentou mais de R$ 25 milhões em três anos e fez mais de 200 vítimas em todo o país.
Policiais civis da 12ª DP (Copacabana) chegaram até o grupo após trabalho de inteligência. As investigações tiveram início em julho de 2024, depois que uma vítima de Florianópolis teve prejuízo de aproximadamente R$ 100 mil.
Os responsáveis pelo golpe, todos de São Paulo, foram identificados. Segundo apurado, no golpe da central fantasma, criminosos se passavam por funcionários de instituições financeiras e as vítimas a acreditar que havia uma fraude em suas contas. Elas eram orientadas a fornecer senhas, com isso instalavam aplicativos de acesso remoto ou realizavam transferências para contas controladas pelo grupo criminoso.
Na terça-feira (14), a Polícia Civil de Santa Catarina, em conjunto com a Polícia Civil de São Paulo, deflagraram a "Operação Central Fantasma" e cumpriram em São Paulo, Guarulhos e Bertioga os mandados de busca, sendo quatro criminosos presos na ocasião. Na ação, foram apreendidos aparelhos celulares, aproximadamente R$ 80 mil e um veículo. Durante a ação, a liderança da quadrilha não foi localizada. A possibilidade era de que os criminosos estivessem escondidos no Rio.
Os levantamentos financeiros apontaram que o grupo movimentou mais de R$ 25 milhões em três anos, utilizando empresas de fachada para ocultar a origem ilícita dos valores, que eram convertidos na aquisição de veículos, imóveis e artigos de luxo. Estima-se que a quadrilha tenha feito mais de 200 vítimas em todo o país. Os estelionatários foram autuados pelos crimes de fraude eletrônica, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
A Justiça determinou bloqueios judiciais de até R$ 14 milhões dos criminosos, pessoas físicas e jurídicas, indisponibilidade de imóveis, sequestro de veículos e apreensão de bens de alto valor, como jóias, relógios, roupas de grife e perfumes importados.