Novo aterro de resíduos da construção civil, em Gericinó, foi inaugurado nesta sexta-feira (17) Divulgação / Fábio Motta

Rio - Foi inaugurado nesta sexta-feira (17) o primeiro aterro público destinado exclusivamente a resíduos da construção civil. O espaço fica em Gericinó, na Zona Oeste, e ocupa cerca de uma área de 40 mil metros quadrados e tem capacidade para receber até 250 toneladas de entulho por dia na fase inicial. Além disso, está estimado que em cinco anos, o local poderá comportar cerca de 480 mil toneladas, o equivalente a 128 piscinas olímpicas cheias de entulho.

O objetivo da inauguração do novo aterro é reduzir os descarte irregular de materiais de construção nos bairros da Zona Oeste, como Bangu, Realengo e Campo Grande, que sofrem de forma recorrente com esse problema. De acordo com a Comlurb, cerca de mil toneladas de entulho são recolhidas diariamente em locais indevidos nessa região. 

Durante a inauguração, o prefeito Eduardo Paes destacou o impacto econômico da medida e elogiou o trabalho da Comlurb.
"Tenho desafiado a Comlurb, uma empresa que nos orgulha tanto, a investir muito em eficiência. Claro que tem um trabalho de conscientização da população, mas também temos que apresentar boas alternativas e os caminhos adequados para a população. E a Comlurb tem feito uma série de gols como o programa de coleta domiciliar interna, em que o índice de percepção de limpeza aumentou enormemente. A perspectiva de economia em não ter de levar entulho para o aterro de Seropédica é de R$ 80 milhões por ano. Um dinheiro que pode ser usado para fazer hospital, Bairro Maravilha, construir escolas e clínicas da família" , afirmou.

O projeto, que recebeu investimento de R$ 35 milhões, prevê ainda a instalação de uma usina de beneficiamento até 2027. A estrutura vai permitir que os resíduos sejam reaproveitados e transformados em insumos para novas obras, como brita e pó de pedra.

O local vem recebendo desde outubro materiais coletados pela própria Comlurb em fases de testes. A partir do dia 27, empresas credenciadas também poderão fazer o descarte no espaço, com o custo de R$ 30 por tonelada.
O aterro aceita apenas entulho limpo, sem mistura com lixo doméstico. Serão permitidos apenas resíduos não perigosos, das classes A, B e C no espaço, como restos de tijolos, blocos de concreto, telhas e materiais de demolição. O aterro foi licenciado pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea).