Wadson Rodrigues e Laryssa da Costa foram presos em junho de 2024Divulgação / Polícia Civil
Miliciano é condenado por homicídio em esquema ilegal de venda de passagem de trem
Sobrinha da vítima, acusada de participar do crime, recorreu e aguarda julgamento
Rio – O miliciano Wadson Rodrigues Ribeiro, conhecido como Nenzinho, foi condenado a 19 anos de prisão por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. As investigações apontaram que ele ordenou a morte de Celso Marques de Oliveira Júnior, em 2018, após desentendimentos quanto à venda ilegal de bilhetes de trem em Santa Cruz, na Zona Oeste. Nenzinho estava preso desde junho do ano passado.
De acordo com a denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), Wadson comandava atividades irregulares de venda de passagens ferroviárias com cartões de Bilhete Único adulterados. Laryssa de Oliveira da Costa, sobrinha da vítima, participava do esquema na estação do bairro.
A desavença começou quando Celso decidiu ser concorrente na comercialização de bilhetes no mesmo ponto. No dia 22 de novembro de 2018, ao saber da presença de Celso na estação, próximo às catracas e armado, Wadson ordenou que Laryssa levasse o tio ao encontro de milicianos, que o executaram. A investigação não conseguiu reunir provas para determinar o local onde ocorreu o crime.
O IV Tribunal do Júri da Capital concluiu que o crime se deu por motivo torpe, devido à prática de atividades ilícitas, e sem chance de defesa por parte da vítima, surpreendida por uma quantidade maior de executores, que ocultaram o cadáver. O corpo de Celso nunca foi localizado. A defesa de Laryssa recorreu e aguarda o julgamento do recurso.

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