Segundo o relatório do MP, a maioria dos corpos apresentava lesões internas e externas, provocadas por tiros de fuzilReginaldo Pimenta / Agência O Dia
O relatório apontou duas mortes que foram consideradas atípicas em operações desse nível. Após acompanhar o trabalho de perícia dos 121 corpos, o MP encontrou 'lesões atípicas' em dois cadáveres. Um deles apresentou marcas de tiros à curta distância. O segundo corpo estava decapitado por instrumento cortante.
Os demais corpos apresentavam lesões internas e externas, provocadas por tiros de fuzil. A maioria delas localizada na região do tórax e do abdômen, características de confrontos armados, segundo os promotores.
O relatório ainda confirmou que todos os mortos eram homens, na faixa etária entre 20 e 30 anos. Alguns acusados estavam usando roupas camufladas, botas operacionais, coletes com carregadores de munição e luvas táticas. Nos bolsos das roupas foram encontradas munições, celulares e 'erva prensada'.
“A maioria dos corpos exibia múltiplas tatuagens, algumas sabidamente referentes a facções criminosas e ao extermínio de policiais”, acrescenta o relatório.
Câmeras
O relatório foi anexado ao processo conhecido como ADPF das Favelas - Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) nº 635. Na ação, a Corte já determinou diversas medidas para redução da letalidade durante operações em comunidades do Rio de Janeiro. Moraes é o relator temporário da ação.
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