Publicado 10/11/2025 09:53
Rio - Uma operação no Complexo da Pedreira, na Zona Norte do Rio, provocou tiroteio e impactou o funcionamento de escolas municipais. Policiais militares atuam, na manhã desta segunda-feira (10), para coibir roubos de veículos nas comunidades. Há meses, a região vive uma rotina de violência, com ações frequentes e confrontos constantes entre criminosos de facções rivais.
PublicidadeSegundo a Polícia Militar, a ação no Complexo da Pedreira é realizada por equipes do 41º BPM (Irajá). Relatos de moradores apontam que houve confronto na área da Pavuna, por volta das 6h50. A corporação informou que, até o momento, um veículo foi recuperado. Por conta da operação no local, 16 unidades escolares da rede municipal tiveram o funcionamento impactado na manhã desta segunda-feira, de acordo com a Secretaria Municipal de Educação (SME).
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que três unidades de Atenção Primária suspenderam completamente o funcionamento para a segurança de profissionais e usuários. A violência nos Complexos da Pedreira e do Chapadão chegou a deixar a Unidade de Pronto Atendimento de Costa Barros fechada por quase um mês. Os atendimentos foram interrompidos no final de setembro, depois que criminosos invadiram a UPA em busca de rivais, sequestraram pacientes e ameaçaram funcionários.
A UPA de Costa Barros foi reaberta no último dia 27, horas após um intenso confronto. Nesta segunda, unidade de saúde funciona normalmente, mas devido a insegurança, poucos moradores e pacientes circulam pela região. Apesar dos relatos de tiroteio na manhã de hoje, o Rio Ônibus informou que não há linhas que atendem a área afetadas.
Atualmente, traficantes do Complexo do Chapadão, dominado pelo Comando Vermelho (CV), travam uma disputa territorial contra bandidos do Complexo da Pedreira, controlado pelo Terceiro Comando Puro (TCP), pelas comunidades da região. Em 27 de outubro, em mais um episódio da guerra entre criminosos, Marli Macedo, de 60 anos, e Elison Nascimento, 60, morreram após serem baleados.
Jovem morre ao desobedecer abordagem da PM próximo ao Chapadão
Na madrugada de sexta-feira (7), Andrew Andrade do Amor Divino, de 29 anos, morreu ao ser baleado por um policial militar, após desobedecer uma ordem de parada. O caso aconteceu na Avenida Chrisóstomo Pimental, na Pavuna, nas proximidades do Complexo do Chapadão, onde a vítima morava. Ele voltava para casa com uma amiga e não ouviu a ordem de parada, porque estava com o volume do som do carro alto e os vidros fechados. O jovem acabou atingido por um tiro de fuzil na nuca e chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.
Andrew era casado há 8 anos e pai de dois filhos, um de 6 anos e outro recém-nascido. De acordo com familiares, o jovem não tinha envolvimento com o crime, nem antecedentes criminais. O veículo que ele dirigia estava com a documentação regular e a vítima tinha carteira de habilitação. O rapaz já havia trabalhado como mototaxista e entregador e, atualmente, consertava telas de celulares. O corpo dele foi sepultado neste domingo (9), no Cemitério de Ricardo de Albuquerque, na Zona Norte.
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