Operação Nova Capistrum, da Polícia Federal, apura irregularidades no processo eleitoral de MacaéDivulgação /PF
De acordo com as investigações, as empresas ligadas aos suspeitos mantinham contratos com a Prefeitura e a Câmara Municipal de Macaé e eram utilizadas para lavagem de dinheiro e favorecimento político. Facções criminosas e milícias também atuavam na coação de eleitores, no financiamento ilícito de campanhas e na inserção de representantes no poder público municipal por meio de apoio político, financeiro e territorial aos então candidatos, hoje eleitos.
Ainda foi identificado o uso de empresas clandestinas de internet, conhecidas como “gatonet”, e de distribuidoras de gás em comunidades de Macaé e da Paraíba para atividades ilícitas. Também foram constatadas práticas como peculato, caixa dois eleitoral e ameaças a candidatos independentes.
Segundo informes em relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), as operações somam centenas de milhões de reais. Os investigados responderão pela prática dos crimes de corrupção eleitoral, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
O nome da operação remete ao “voto de cabresto”, prática de controle político associada ao período do coronelismo. O termo “cabresto” deriva do latim capistrum, que significa “mordaça” ou “freio”, simbolizando a restrição da liberdade do eleitor.





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