Guapimirim (azul) passou por Itaguaí - Luciano Belford / Agencia O Dia
Guapimirim (azul) passou por ItaguaíLuciano Belford / Agencia O Dia
Por Bernardo Costa

Rio - A primeira rodada da 21ª edição dos Jogos da Baixada, que aconteceu no domingo, na Vila Olímpica de Duque de Caxias, trouxe uma medalha inédita na história da competição: a prata para a equipe de Queimados no handebol feminino sub-14. Depois de passar pelos times de Mesquita e Guapimirim, as meninas de Queimados não resistiram ao entrosamento e ao volume de jogo da equipe de Magé, que conquistou o ouro na modalidade.

Devido ao feito inédito, a prata teve gostinho de ouro para a equipe de Queimados. Foi o que destacou o técnico André Luís Penudo, que reuniu as atletas no centro da quadra após a cerimônia de premiação. Boa parte das meninas tinha lágrimas nos olhos. "Ninguém pode dizer que não lutamos até o fim. O choro de vocês deve ser de alegria, pois esta prata é a nossa maior conquista em 21 anos de Jogos da Baixada", disse o técnico André Luís Penudo.

Meia-direita da equipe, Karine Matheus, de 12 anos, completou as palavras do técnico: "Vamos treinar forte para avançar e, no ano que vem, conquistar o ouro para a nossa cidade", disse a atleta como forma de motivar as colegas de equipe.

Final do Handebol entre Magé e Queimados - Luciano Belford / Agência O Dia

O que projetou Karine foi exatamente o que aconteceu com a equipe campeã de Magé, que, no ano passado, ficou com a prata depois de perder na final para a equipe de Nova Iguaçu. Este ano, veio o título, que quase escapou na semifinal contra o time de Duque de Caxias. Mas o gol da meia-direita Maria Karoline, no último minuto do segundo tempo, foi decisivo para levar a disputa para o tiro de sete metros. Depois do empate de 6 a 6 no tempo regulamentar, Magé passou para a final ao vencer por 8 a 4.

Com a medalha de ouro no peito, o técnico Pablo Ângelo Elias comentou que o principal mérito da equipe foi a consistência de jogo e a concentração durante as partidas. "Elas ficaram focadas o tempo todo. Boa parte do time fez sua estreia nos Jogos da Baixada. Mas o fato de elas terem treinado junto com a equipe do time sub-17 foi fundamental para que tivessem um bom desempenho em quadra", disse o técnico.

DISPUTAS NO CAMPO E NA PISTA

Nas modalidades de atletismo também saíram medalhas durante a primeira rodada dos Jogos da Baixada. Os campeões foram premiados na categoria sub-17, no masculino e no feminino. As provas em disputa foram corrida, salto em distância e arremesso de peso.

A delegação de Duque de Caxias se destacou na pista de atletismo, e levou 12 medalhas de ouro das 14 disputadas no domingo. As exceções ficaram por conta das vitórias de Nova Iguaçu nos 800m masculino e Belford Roxo, que levou ouro nos 400m feminino.

A primeira rodada também deu início às disputas no futebol de campo. Os times de Nilópolis, Mesquita, Magé, Guapimirim, Duque de Caxias e Nova Iguaçu avançaram de fase e vão disputar as quartas de final, que serão no dia 29 de abril, em Caxias.

Três histórias que inspiram
Suzana Borges, Amanda Dias e Márcio Nunes carregaram a tocha
Suzana Borges, Amanda Dias e Márcio Nunes carregaram a tochaLuciano Belford / Agencia O Dia
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A cerimônia de abertura da 21ª edição dos Jogos da Baixada aconteceu na quadra poliesportiva da Vila Olímpica de Duque de Caxias. O evento contou com apresentações artísticas, que antecederam o grande momento: o acendimento da pira olímpica, dando início ao torneio.
A atribuição foi da atleta Amanda Fontes Dias, que carregou a tocha olímpica em revezamento feito com Suzana Rodrigues Borges e Márcio Nunes. Três exemplos de amor ao esporte que se relacionam com a história dos Jogos da Baixada.
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Suzana é uma das maiores campeãs da competição. Ela disputou o torneio por Queimados entre os anos de 2013 e 2017. Ao todo, ela conquistou 11 medalhas nas modalidades de natação, basquete, futsal e atletismo. Atualmente faz parte da comissão técnica de handebol de Queimados.
Márcio Nunes, de São João de Meriti, destacou-se no esporte paralímpico. Ele participou do Para-Panamericano de 2013 e das Paralimpíadas de Londres em 2016. Já a velocista Amanda Dias foi campeã dos Jogos da Baixada em 1999. Ela foi recordista brasileira por 17 anos dos 400m com barreira e venceu torneios como os campeonatos Sul-Americano e Panamericano de atletismo.
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