Jader Zidane (Mesquita) conduz a bola na final contra Caxias, em 2017. Hoje ele joga no Jequiá Iate Clube - Agência O Dia
Jader Zidane (Mesquita) conduz a bola na final contra Caxias, em 2017. Hoje ele joga no Jequiá Iate ClubeAgência O Dia
Por Bernardo Costa

Considerada a maior competição socioesportiva da região, os Jogos da Baixada foi o primeiro torneio para muitos jovens que decidiram seguir carreira no esporte. Os exemplos se multiplicam em 21 anos de realização. Nesta edição, não será diferente. Ela também traz as histórias de jovens como os irmãos Gabriel e Nathan Gonçalves, Silas Benedito, Jader Zidane e Bruno Viana. Eles descobriram um talento ao participar do evento, e começam a avançar as etapas rumo à profissionalização.

Hoje, Nathan Gonçalves, de 16 anos, entra em quadra por Queimados. Assim que terminar a competição, ele ingressa no time juvenil do Fluminense. Os Jogos da Baixada foi o seu primeiro torneio. Para ele, a experiência despertou a vontade de trilhar uma carreira no basquete.

"Estou treinando para evoluir e conquistar o sonho de chegar a uma seleção brasileira e à NBA. Não tem como jogar basquete e não se apaixonar", declara Nathan.

A primeira participação foi em 2015. "Fiquei impressionado. Os times eram competitivos, havia organização e o estádio estava lotado. Todo ano é assim", diz o jovem atleta de Queimados.

Nathan influenciou o irmão no esporte. Gabriel Gonçalves, de 14 anos, também tomou gosto pelas competições nos Jogos da Baixada. Sua estreia foi em 2016. Ele também disputa este ano, pelo time sub-14 de Queimados, e acompanha o irmão no mesmo sonho de seguir carreira profissional. Gabriel joga nas divisões de base do Vasco.

Em Mesquita, Jader Zidane e Silas Benedito foram campeões, ano passado, no basquete sub-17. Por terem sido os melhores em quadra, foram convidados para um teste no Jequiá Iate Clube. Passaram. E vão juntos aos treinos três vezes por semana, na Ilha do Governador. "A medalha de ouro apontou um caminho para a gente", diz Silas Benedito, de 16 anos.

No futebol de campo, Bruno Viana, de 16, concilia os treinos no Nova Iguaçu Futebol Clube com o time da delegação do município, que está na segunda fase desta edição dos Jogos da Baixada. "A competição mexe com a cidade e me deu visibilidade", diz.

A história dos Jogos da Baixada mostra carreira de vencedores
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Lançado para celebrar duas décadas dos Jogos da Baixada, o livro que conta a história da competição, realizada anualmente pelo DIA, traz histórias de jovens que partiram do torneio estudantil para os campeonatos profissionais. É o caso dos jogadores de futebol Cidinho, Biro Biro, Sassá, William Barbio e Vinicius Tanque.
Eric Oliveira, de Nova Iguaçu, também chegou aos gramados profissionais e fez fama na Romênia, onde foi o primeiro atleta brasileiro a integrar a seleção do país. Hoje ele joga pelo clube Al-Markhiya, do Qatar.
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No handebol, João Pedro disputou os Jogos da Baixada por Nova Iguaçu e hoje faz parte da seleção brasileira. Em 2016, foi destaque do time na Olimpíada do Rio, e atualmente joga no clube Benfica, de Portugal.
Na modalidade, há outros casos de sucesso profissional. Ligia Costa, de São João de Meriti, joga na Polônia, na equipe do Pogon Szczecin. Já Lucila Vianna, de Nova Iguaçu, também chegou à seleção brasileira de handebol, e disputou três edições dos Jogos Pan-Americanos.
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