Campeão do evento sairá na última rodada, no Sesc de São João de Meriti - Fernanda Dias
Campeão do evento sairá na última rodada, no Sesc de São João de MeritiFernanda Dias
Por Herculano Barreto Filho

A 21ª edição dos Jogos da Baixada chegou à reta final com três roteiros possíveis de desfecho. O final óbvio: na liderança, o multicampeão Duque de Caxias domina o evento ao longo da sua história e pode chegar ao seu 14º título. A surpresa: dois pontos atrás na classificação geral, Queimados traz a esperança de renovação, com a possibilidade de uma conquista inédita. Em duas décadas, Caxias e Nova Iguaçu se alternaram como campeões. A virada: a quatro pontos da ponta, Nova Iguaçu aposta na própria história para uma arrancada nos instantes finais. A última rodada será disputada neste fim de semana, no Sesc de São João de Meriti.

A tradição na natação e no vôlei, últimas modalidades, é o trunfo na busca por uma reviravolta. Em 2017, Nova Iguaçu levou os quatro ouros na quadra. Foram 12 primeiros lugares de 20 possíveis entre as edições de 2013 e 2017. Desde 2011, quando a faixa etária das categorias foi reduzida, a equipe da cidade levou todos os ouros no feminino sub-14. O trunfo é o trabalho desenvolvido pelo técnico Marcos Vinicio Marciano, de 43 anos. No evento desde a sua primeira edição, ele também atua como auxiliar técnico do Fluminense, que irá disputar a Superliga feminina de vôlei. Com 24 ouros, Caxias está na frente na modalidade na história dos Jogos.

Nas piscinas, Nova Iguaçu foi quem mais venceu, segundo levantamento feito no livro 'Jogos da Baixada 20 Anos'. Foram 20 ouros entre 1998 e 2017, um terço do total. Entre 2004 e 2007, venceu todas as disputas. O desempenho só caiu com a saída do professor Adelson Ricardo Lopes. Com a volta dele, em 2014, o município voltou a vencer. Mas o cenário não é mais o mesmo. "A situação está mais equilibrada. Hoje, Queimados tem a melhor equipe de natação", acredita.

Aliás, a história recente no vôlei e na natação contrastam com a hegemonia histórica de Nova Iguaçu. Em 2015, Queimados levou o primeiro ouro, no masculino sub-17. No ano seguinte, ficou em terceiro lugar na classificação geral da modalidade. Em 2017, conquistou o primeiro lugar inédito na classificação geral da modalidade. "Montamos a primeira equipe em 2011 e demos continuidade. Estamos com a equipe ainda melhor do que no ano passado", compara o professor André Anderson Pequeno de Oliveira, que tem pós-graduação em Natação e Esportes Aquáticos.

No vôlei, Queimados conquistou cinco ouros em oito disputados entre 2011 e 2012. Neste ano, já saiu na frente na modalidade ao bater Mesquita na final do masculino sub-14, na semana passada. Em meio a essas conquistas recentes, o município agora luta para mudar o roteiro da competição e conquistar o título inédito.

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