Nova Iguaçu também levou o ouro no vôlei feminino sub-17. Município detém a hegemonia na modalidade desde 2015 - Alexandre Brum / Agência O Dia
Nova Iguaçu também levou o ouro no vôlei feminino sub-17. Município detém a hegemonia na modalidade desde 2015Alexandre Brum / Agência O Dia
Por Herculano Barreto Filho e Renan Schuindt

Aatmosfera no Sesc de São João de Meriti, no último fim de semana, traduzia bem o ambiente de renovação e de surgimento de novas forças na última rodada dos Jogos da Baixada. No ginásio, a torcida batia nas grades com garrafas plásticas, criando um clima de final de campeonato. 'Rede, fora!', gritava a torcida, quando um atleta adversário se preparava para sacar nas partidas de vôlei. No lado de fora do ginásio, o professor Adelson Ricardo Lopes monitorava todos os resultados dos atletas do município em uma prancheta. A comemoração veio no final, com três ouros que aumentam a distância do município para os outros concorrentes na modalidade ao longo dos 21 anos de Jogos (veja no quadro ao lado). A competição terminou no domingo com o grito de campeão de Nova Iguaçu, que conquistou o seu 8º título ao obter 100% de aproveitamento na reta final, com ouros no vôlei e na natação.

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Mas o que chamou a atenção foi justamente o crescimento de municípios que antes eram apenas coadjuvantes. E que já demonstram potencial de brigar por títulos nas próximas edições.

É o caso de Queimados, vice-campeão com o mesmo número de pontos de Nova Iguaçu. Só não levou o título inédito porque perdeu nos critérios de desempate (maior número de ouros, pratas e bronzes). Mesmo assim, teve o melhor desempenho da sua história. Foram cinco ouros, com duas conquistas no basquete, duas no xadrez e uma no vôlei. O município ainda levou duas medalhas de prata e outras oito de bronze. A torcida, que lotou quatro ônibus, tomou conta da arquibancada quando a equipe do município estava em quadra. Nos próximos dias, os atletas vão ser homenageados na Câmara de Vereadores. O município já planeja a formação da delegação para 2019. "Agora, a gente sabe que é possível levar o título", argumenta Julio Coimbra, secretário municipal de Esporte e Lazer.

Outra surpresa foi Magé. Com um ouro inédito no futebol e o 1º lugar na classificação geral do handebol, o município ficou em 4º lugar na competição. E também já projeta um desempenho ainda mais surpreendente para 2019. "A gente conseguiu uma colocação histórica. Em Magé, fomos recebidos como campeões. Ano que vem, o sonho tem que virar realidade. Vamos começar um trabalho para brigar em condições de igualdade com Duque de Caxias, Nova Iguaçu e Queimados", projeta Mario Silva, diretor de esporte de Magé e coordenador da delegação.

A euforia de Queimados e de Magé contrasta com a repercussão em Caxias. O maior campeão do evento, com 13 títulos, teve um dos piores desempenhos da sua história: ficou em 3º lugar e abandonou o evento antes do final.

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