Cristian comemora as conquistas ao lado da mãe, Shayna, que também é capoeirista - Renan Schuindt
Cristian comemora as conquistas ao lado da mãe, Shayna, que também é capoeiristaRenan Schuindt
Por RENAN SCHUINDT
Rio - Um dos destaques da delegação de Nova Iguaçu, o atleta Cristian da Silva Ferreira, de 14 anos, chamou atenção pelas três medalhas conquistadas no atletismo. Os dois ouros vieram nas provas dos 75 metros rasos (9s7) e no salto em distância. Já a prata foi conquista em equipe, no revezamento 4x100.
Capoeirista, assim como seus pais, o menino conta que conheceu o atletismo pela TV e decidiu praticar após um convite de um amigo de sua mãe. "Estou no atletismo há menos de dois meses. Não conhecia o esporte na prática, apenas via pela televisão. Foi o professor da minha mãe quem me chamou", diz. Cristian. 
Premiação do revezamento 4x100 sub-14, conquistado por Duque da Caxias. A prata foi para Nova Iguaçu - Cléber Mendes/Agência O Dia
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Apesar de praticar capoeira desde pequeno, o pouco tempo no novo esporte já é suficiente para dividir seu coração. "Gosto dos dois. Não consigo dizer se tenho preferência por um ou por outro. A capoeira tem sido importante porque me ajuda muito durante os treinos", conta o menino, que sonha em ser um atleta da Marinha. "Meu sonho é ser um militar. Quero participar de competições pela Marinha e ser campeão por lá também", conclui.
Inspiração e resistência

Como de costume, cada praticante de capoeira recebe uma espécie de codinome que deverá acompanha-lo para sempre. Neste caso, o praticante deverá ser chamado por este nome por todos os seus companheiros. Cristian foi batizado de 'Condor', nome da maior ave voadora do mundo, que tem a terceira maior envergadura de asas, com 3,2 metros. O animal vive na América do Sul e pode pesar até 14 quilos, além de voar cerca de 300 quilômetros por dia.
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