Publicado 06/02/2021 16:23 | Atualizado 09/02/2021 15:47
SÃO GONÇALO - Um projeto gratuito voltado para gestantes e puérperas (filhos até dois anos) da periferia promete fortalecer o vínculo entre mães e bebês através da dança e de palestras com profissionais da saúde. As vagas são preferencialmente para mulheres residentes na cidade ou de comunidades da região.
Moradora de São Gonçalo, a coreógrafa Danielle Lopes, a idealizadora do projeto, é bailarina, professora de dança, gestora educacional e produtora de eventos culturais, bacharel em Dança pela UFRJ, e pós-graduanda em Arte-Educação pela Universidade Salgado de Oliveira e em Docência do Ensino Superior pela Universidade Cândido Mendes, com capacitação em Gerenciamento de Projetos no 3º Setor pela PMI-RJ. Ela já desenvolveu anteriormente projetos de linguagens artísticas com foco na dança, em comunidades periféricas no Rio, com crianças e jovens em vulnerabilidade social.
"Ventre que Dança é uma atividade física lúdica e saudável, que permite às mulheres um maior conhecimento de seu próprio corpo e suas mudanças através da dança. Esse projeto traz, em sua essência, momentos de contemplação com a maternidade. Cuidar do emocional da mãe que também nasce com essa gestação é um dos objetivos, além de oferecer através da dança uma conexão cheia de afeto. Além de colocar o corpo em movimento, a dança proporciona que essa mulher se veja ativa, viva, bonita e com plenitude em sua maternidade, onde nasce um filho, uma mãe e um amor incondicional. Minha missão é levar felicidade às pessoas através da minha dança”, exclama Danielle.
Devido à pandemia, as aulas serão virtuais, realizadas e gravadas por meio do aplicativo Zoom, com encontros semanais de 50 minutos cada, de 08 de fevereiro a 31 de março. As turmas terão até 10 participantes, e serão ofertadas às segundas e quartas-feiras, sempre às 10h. Ao fim do projeto, cada turma somará oito encontros, totalizando 40 horas. Haverá duas palestras no dia 26/02, uma com nutricionista e outra com doula, abertas a todas as participantes do projeto e seus familiares. Durante os encontros, será criada uma coreografia e cada participante poderá escolher um(a) acompanhante para participar. A videodança será gravada e entregue de forma digital, por meio de link para download.
"Além da missão artística e terapêutica, o projeto se propõe também à inserção social ao democratizar o acesso às ações culturais e de saúde, já que o histórico de ações destinadas à periferia e favela, em sua maioria, é sempre relacionado a cursos técnicos. Rompemos esse paradigma e proporcionamos uma melhor qualidade de vida a moradores que não costumam desfrutar destes conteúdos", ressalta a coordenadora.
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