Joel Carlos e George Corrêa conseguiram empregos na Andrade Gutierrez, que opera no Porto do Açu Foto Secom/Divulgação

São João da Barra – Implantado em setembro do ano passado, o projeto “Um Novo Tempo” vem contribuindo para o governo de São João da Barra (RJ), em parceria com empresas que atuam no município, estimular a reinserção no mercado de trabalho de pessoas em situação de vulnerabilidade social, por meio do serviço de Proteção Social de Alta Complexidade.
O projeto é coordenado pela secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos em conjunto com a de Desenvolvimento Econômico e Tecnológico. A iniciativa tem foco principalmente na Casa de Passagem do município, que atende pessoas em situação de rua, abandono, migração, ausência de residência e sem condições de autossustento tem ajudado a transformar vidas.
A secretária de Assistência Social e Direitos Humanos, Sharlene Barbosa cita como dois recentes exemplos bem sucedidos os assistidos pela Casa, Joel Carlos Queiroz Pinto, 30 anos, natural da Bahia, e George Corrêa de Araújo Peixoto, 48 anos, do Rio de Janeiro; ambos conseguiram empregos de auxiliar de produção na empresa Andrade Gutierrez, que opera no Complexo Portuário do Açu.
"Os assistidos foram retirados das ruas, acolhidos e houve a elaboração e cadastro do currículo no Sistema Automatizado de Gestão da Empregabilidade (Sage) do Balcão de Oportunidades da Prefeitura”, assinala a secretária explicando que, ao realizar o resgate de pessoas em situação de rua e risco social, o governo as ampara.
“Cuidamos do suprimento de suas necessidades básicas e o Projeto ‘Um Novo Tempo’ é um grande diferencial da Casa de Passagem de São João da Barra, pois insere o assistido na sociedade dando-lhe a possibilidade de reconquistar seu espaço no mercado de trabalho”, declara Sharlene.
ACOLHIMENTO - O coordenador da Casa de Passagem, Davi Rangel, ressalta que ela foi implantada em 2017, com o propósito de fazer o acolhimento através do encaminhamento das unidades do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), situadas nos distritos; funcionam de segunda-feira a sexta, das 8h às 17h.
A Casa atualmente abriga sete pessoas, mas, segundo Rangel, desde 2021 já foram realizados 170 acolhimentos provisórios: “A meta é assegurar a essas pessoas proteção integral, garantindo atendimento personalizado e especializado em diferentes modalidades e equipamentos com vistas a afiançar segurança de acolhida”.
Rangel enfatiza que o trabalho da Casa (que funciona 24h diariamente) é pautado no resgate e no acolhimento, “para que as pessoas nela atendidas possam ter a oportunidade de construir novos projetos e trajetórias de vida, reconstruindo o seu futuro e o seu espaço no ambiente familiar e na sociedade, com dignidade, respeito e qualidade de vida”.