São João de Meriti - Cerca de 200 estudantes do CIEP 378 Thereza Peixoto Gonçalves, localizado no Centro de São João de Meriti, participaram da atividade “Sensibilização Orquestral”, promovida pelo grupo Favela Orquestra.
Na oportunidade, os jovens tiveram contato direto com a música orquestral. Ao som de clássicos da MPB, como “Garota de Ipanema”, eles puderam conhecer os instrumentos, ouvir as apresentações e até experimentar o papel de maestro por alguns minutos.
Para a diretora do CIEP 378, Débora Gomes, essa é uma iniciativa que marca um novo momento na trajetória da escola. “Estamos dando um passo importante dentro da educação da cidade, especialmente em uma comunidade carente como a nossa. A música tem o poder de transformar e acredito que, a partir de hoje, os alunos terão um novo olhar sobre suas vidas e possibilidades”, declarou.
Após a apresentação e as dinâmicas, muitos alunos se inscreveram para iniciar aulas dos instrumentos que mais chamaram sua atenção. A ação é parte de um projeto maior do Instituto Brasileiro de Música e Educação (IBME), que há mais de 12 anos atua na Baixada Fluminense, promovendo cidadania por meio da música.
Os alunos do CIEP 378 Thereza Peixoto Gonçalves, localizado no Centro de São João de Meriti, participaram da atividade "Sensibilização Orquestral"Matheus Santos/ PMSJM
O coordenador de polos do IBME, Estevão Roque, destacou que dois projetos estão sendo implantados na escola: o de bandas e orquestras, e o “Sinta o Som”, voltado especialmente para a educação infantil. “Os alunos terão aulas regulares aqui e no final do ano apresentarão os resultados. É uma oportunidade de transformação real dentro do ambiente escolar”, afirmou.
Entre os alunos, a emoção foi visível. Agatha Vitória, do 7º ano, foi uma das escolhidas para reger a orquestra: “Foi uma experiência muito boa, um sentimento único. Nunca imaginei fazer isso. Aqui na comunidade, muitas crianças têm o sonho de ser músico, e essa oportunidade mostrou que isso é possível”. João Miguel, do 9º ano, também se sentiu tocado: “Sou baterista na minha igreja, mas nunca tive contato direto com outros instrumentos. Hoje, saio daqui querendo aprender saxofone”.
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