São Pedro da Aldeia é a cidade pioneira do Brasil a ter um acervo histórico dedicado exclusivamente à cultura do sal e das salinas, predominante na Região dos Lagos. Nesta terça-feira (30), a Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria de Turismo, abriu oficialmente o Museu Regional do Sal Manoel Maria de Mattos, localizado no bairro Flexeira. O espaço é composto por uma sala de vídeo, uma área de exibição de imagens da história universal do sal, uma sala de exposições diversas e o salão principal. A visitação é gratuita, de quinta-feira a domingo, das 10h às 18h.
Na oportunidade, o prefeito Fábio do Pastel, agradeceu aos presentes e a família Mattos. “Eu fico muito feliz em entregar o Museu Regional do Sal para a população de toda a Região dos Lagos. São Pedro da Aldeia é uma cidade muito acolhedora, imagino o carinho que a família Mattos tem por essa casa e fico grato pela doação. Sei da importância que a atividade salineira teve para os municípios da Região, inclusive para a nossa cidade”, declarou.
O vice-prefeito, Julio Queiroz, agradeceu as presenças das autoridades. “Queria agradecer pelo enriquecimento cultural e histórico do nosso município. Aprendemos, hoje, a história do sal, assim como a da nossa cidade. Agradeço aos servidores envolvidos, que trabalharam arduamente na construção do Museu e às Secretarias competentes”, disse.
A secretária de Turismo, Cláudia Tinoco, gratificou o trabalho coletivo de toda a gestão para a abertura do Museu. “Quero agradecer a presença de cada pessoa que está aqui hoje e, também, reconhecer o esforço dos meus colegas por fazer este sonho tornar-se realidade. Fico grata ao prefeito Fábio do Pastel por me conceder essa oportunidade de fazer parte deste momento histórico para a nossa cidade”, afirmou. O vice-presidente da Câmara de Vereadores, Franklin da Escolinha, refletiu sobre o significado do Museu do Sal para a cidade aldeense. “Quero expressar minha gratidão à família Mattos por ceder o espaço. Muitas famílias conseguiram a sua renda graças às salinas e, hoje, nós podemos ver parte da história de vida de cada uma delas aqui no Museu e, também, podemos saber o que o sal representou para o nosso município”, disse.
O deputado estadual Dr. Serginho celebrou o momento histórico da cidade. “Hoje, a gestão municipal em conjunto com o senhor Jacyr deixam um legado para São Pedro da Aldeia e, também, para a Região dos Lagos e o Brasil. A produção de sal se confunde com a história do nosso país. O Museu do Sal nos permite lembrar de tempos passados da Região e um povo que não sabe do seu passado, dificilmente pode ter a perspectiva de um futuro. Parabéns a cada funcionário que trabalhou arduamente para que a abertura do espaço fosse realizada”, afirmou.
O evento teve um momento simbólico com a doação de mais um item histórico para o acervo do Museu do Sal: uma placa datada do ano de 1964. Na época, foi concedida pelo então prefeito aldeense, Fausto Jotta, e a indústria salineira ao Marechal Juarez Távora pelos serviços prestados. A placa pertencia ao senhor Jacyr Mattos, que entregou em mãos ao prefeito Fábio do Pastel.
O empresário Jacyr Mattos da Silva é o doador da casa onde está instalado o Museu e herdeiro de um dos pioneiros da indústria salineira na região. “Eu pude conversar com o prefeito Fábio do Pastel e perguntar sobre o Museu do Sal. Ele me pediu para ter calma, pois a abertura aconteceria. Para minha felicidade, hoje, podemos inaugurar o espaço”, comentou.
Quem também marcou presença na solenidade de abertura do Museu Regional do Sal foi o pesquisador e memorialista da história aldeense Geraldo Ferreira, que relembrou sobre a cultura salineira, predominante na região por cerca de 150 anos. “Tive a felicidade de acompanhar a transformação do sonho em realidade, que é o Museu Regional do Sal. Este espaço não pertence apenas a São Pedro da Aldeia, mas a toda a Região dos Lagos”, comentou.
O escritor e doutor José Gonçalves é autor do livro “Sal: Nossa riqueza, sua história e minha vida” e celebrou a perpetuação da história do sal, por meio da abertura oficial do Museu aldeense. “Fico alegre em poder presenciar este momento, convivi com as salinas por toda a minha vida. Precisamos eternizar a história do Sal, pois foi o maior momento econômico da Região dos Lagos”, disse.
Além das autoridades, a população da Região dos Lagos também marcou presença no evento. Professor da rede pública de Cabo Frio e historiador, João Cristóvão elogiou a abertura do espaço e a estrutura. “Essa foi uma inauguração muito esperada. A salina e os trabalhadores têm um papel fundamental na construção e história da Região dos Lagos”, afirmou.
Estiveram presentes na solenidade todo o secretariado municipal, o deputado estadual Dr. Serginho, integrantes da família Mattos, o chefe de gabinete, Moisés Batista, o secretário de Cultura de Cabo Frio, Clarêncio Rodrigues, a secretária de Cultura de Rio das Ostras, Cristiane Regis, e a superintendente do Museu do Rio de Janeiro, Luciene Figueiredo, além dos vereadores Chiquinho de Dona Chica, Chimbiu, Fernando Mistura, Vitinho de Zé Maia e Mislene de André.
A solenidade também teve a presença do representante da Secretaria de Estado de Turismo, o coordenador estadual de Turismo da Região dos Lagos, Carlos Cunha; do capitão de Mar e Guerra, Guilherme Conti, representando o comandante da Força Aeronaval, o Contra-almirante Augusto José da Silva Fonseca Junior, e da arquiteta do Museu do Sal, Lis Valladares.
O Museu Regional do Sal Manoel Maria de Mattos funcionará de quinta a domingo, incluindo feriados, de 10h às 18h. O espaço conta com duas exposições, que seguirão até 31 de julho: “Wolney e o Sal” e “Festa do Sal”. As visitas mediadas acontecem às quintas e sextas-feiras, das 10h às 18h, e aos sábados e domingos, às 15h. Será necessário agendamento para visitação em grupo.
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