Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Rio de Janeiro (Facerj)Reprodução
A certificação, promovida pela Facerj, conta com o apoio de entidades como a Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), a Associação Brasileira das Empresas da Economia do Mar (ABEEMAR), o Centro de Estudo das Cidades do INSPER, a Unisuam e a SEENEMAR. O objetivo é estimular uma gestão eficiente e sustentável, com foco na Economia Azul, através de 20 requisitos que compõem o Índice da Economia Azul. Entre os critérios analisados estão governança, gestão costeira, preservação de ecossistemas marítimos e fomento ao empreendedorismo azul.
De acordo com o presidente da Facerj, Robson Carneiro, o Selo Azul representa um avanço para a economia fluminense ao estimular a gestão responsável dos recursos marítimos. “Com essa certificação, os municípios terão mais oportunidades de atrair investimentos, fortalecer o turismo sustentável e impulsionar setores estratégicos, como a pesca, o transporte marítimo e as energias renováveis”, afirmou.
O secretário de Meio Ambiente aldeense, Mario Flavio, disse que a cidade ainda não foi informada oficialmente, mas pelo o que viu, o selo vai ser uma prática de ações sustentáveis nas prefeituras, e a cidade tem toda a condição de fazer uma gestão ambiental sustentável, como implantação de programas de coleta seletiva, gestão de praias, programa de educação ambiental, entre outros como criação de unidades de conservação. “São programas que já estamos trabalhando na metodologia para implantação”, disse ele.
Os municípios que conquistam a certificação passam a ter um diferencial estratégico, destacando-se no cenário nacional em governança e sustentabilidade costeira. Entre os principais benefícios estão:
- Atração de investimentos: Maior interesse de investidores nacionais e internacionais em cidades certificadas;
- Fortalecimento da economia local: Estímulo a setores como turismo, pesca e transporte marítimo sustentável;
- Melhoria da gestão pública: Implementação de processos mais eficientes e transparentes;
- Sustentabilidade ambiental: Incentivo à adoção de boas práticas na gestão de recursos naturais;
- Maior reconhecimento internacional: Acesso a redes de apoio técnico e financeiro para desenvolvimento sustentável.
Processo de certificação
A concessão do Selo Azul apenas acontecerá após um processo de auditoria conduzido por especialistas, envolvendo análise documental, entrevistas e verificação dos requisitos estabelecidos no livro “Governança Economia Azul – Estratégia Competitiva para o Desenvolvimento Local”, de Antonio Pinaud e Renato Regazzi.
Os três principais eixos de avaliação são:
Governança Azul: Monitoramento de programas e projetos ligados à Economia Azul;
Fomento à Economia Azul: Incentivo a atividades como pesca, aquicultura, turismo e energias renováveis;
Preservação dos Ecossistemas Costeiros: Medidas para proteção de áreas ambientais como manguezais e recifes.
Para obter a certificação, os municípios devem atingir pelo menos 1 mil pontos no sistema de avaliação e manter auditorias anuais para garantir a continuidade das boas práticas. O selo tem validade de dois anos.
Perspectivas para a Região dos Lagos
Com uma das maiores concentrações de cidades costeiras do estado, a Região dos Lagos poderá ter diversos municípios além de Búzios, como Cabo Frio, Arraial do Cabo, São Pedro da Aldeia, Iguaba Grande e Saquarema, contemplados com a certificação. Com sua forte dependência da economia marítima e do turismo, a adesão ao Selo Azul pode representar uma oportunidade estratégica para fortalecer a sustentabilidade e o desenvolvimento local.
A iniciativa também tem como objetivo reforçar o compromisso do estado do Rio de Janeiro com a preservação ambiental e o crescimento sustentável da “Amazônia Azul”, como é chamada a vasta área marítima sob jurisdição brasileira.
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