Roda de Conversa é um dos projetos que a Secretaria de Políticas para Mulheres e Direitos Humanos leva às comunidadesDivulgação/Secom PMVR

Volta Redonda - A Roda de Conversa é um dos projetos que a Secretaria de Políticas para Mulheres e Direitos Humanos (SMDH) de Volta Redonda tem levado às comunidades para ouvir os moradores, preferencialmente as mulheres, para falar dos seus anseios, suas conquistas e reivindicações no dia a dia por melhorias na qualidade de vida. Recentemente, o projeto foi realizado nos Cras (Centros de Referência de Assistência Social) dos bairros Roma, Coqueiros, Siderlândia, Santa Cruz e São Sebastião, lembrando o Dia Internacional da Mulher (8 de março), que tem o mês de março dedicado a elas.
A diretora do Departamento de Direitos Humanos da SMDH, Josinete Pinto, explicou a estratégia e da metodologia deste trabalho desenvolvido nos bairros do município e escolas públicas entre 2021 a 2023.
“A SMDH tem promovido neste mês de março as Rodas de Conversa para que permita uma participação coletiva no debate sobre o Dia Internacional da Mulher. Favorecem a escuta e a reflexão nas comunidades, onde todas as pessoas podem falar, complementar, dialogar e apresentar propostas à gestão pública, priorizando o que pode ser feito para melhorar as condições de vida das mulheres e da população como um todo. Estes momentos são imprescindíveis para trocas de informações e divulgação dos serviços que são oferecidos pela secretaria”, enfatizou Josinete.
Esclarecedora dos direitos das mulheres
A trabalhadora da Coleta Seletiva de Volta Redonda (Cooperativa Folha Verde), Gildete Francisco da Silva, 60 anos, defende o projeto, pela liberdade que dá às pessoas para falarem o que estão querendo, um diálogo franco: “Muito bom esse projeto da secretaria, tive o prazer de participar de uma Roda de Conversa com um café com outras companheiras de trabalho. Muito esclarecedor dos direitos que a gente tem e não sabia. Uma conversa franca, aberta, de cara a cara. Muito boa essa conversa, porque esclarece aquilo que a maioria das mulheres não tem nem noção de que têm esses direitos. Aprendemos, adquirimos esses conhecimentos com a secretaria da Mulher”, afirmou Gildete da Silva, acrescentando: “É muito importante este projeto nos bairros, uma vez que estamos em meio a vários problemas, conflitos, até mesmo feminicídio. A secretaria vem auxiliar, orientar e nos ajudar a entender qual o nosso papel como mulher. Gratidão pela realização", concluiu Gildete.
A senhora Dislene Maria de Oliveira, do bairro Santa Cruz, também aprovou o projeto pelos vínculos que cria entre as pessoas: “Muito interessante e muito boa essa Roda de Conversa. Nos reunimos, conversamos, lanchamos! Trocamos ideias, sonhos, esperança! Temos palestras que abrem a nossa mente pra nós mesmas e pro mundo. Que sejamos participativas nas vidas da comunidade, nas conferências, na associação de moradores, enfim, nos espaços que precisamos ocupar. Cada uma com a sua dor, a sua limitação, sua disponibilidade, sua alegria, sua tristeza, sua presença, assim é a nossa roda de conversa”, complementou Dislene.
Projeto atendeu cerca de 600 pessoas em 20 bairros, em 2022
No ano passado, a Roda de Conversa chegou a 20 bairros, atendendo a cerca de 600 pessoas aproximadamente, além de sete escolas, com a participação de cerca de 370 estudantes do Ensino Médio.
A coordenadora do Ceam (Centro Especializado de Atendimento à Mulher) - que faz parte da SMDH -, a psicóloga Vanilda Coutinho, destaca que o centro especializado conta com uma equipe multidisciplinar composta por: assistentes sociais, psicólogas e advogadas para o atendimento à mulher em situação de violência doméstica, funcionando no segundo andar da sede da Secretaria.
Segundo ela, o Ceam esteve, neste ano, atuante em três Rodas de Conversas em escolas públicas para ouvir os estudantes e fazer as orientações dentro da legislação em vigor, e comenta sobre o alcance do projeto nas edições que o centro especializado tem participado.
“A Roda de Conversa é uma proposta ideal para promover informações, conhecimentos e apurar as necessidades daquela comunidade. Ela tem acontecido nos auditórios dos Cras, associações de moradores, escolas, que se transformam num ponto de encontro para a prestação de serviços públicos. A ideia é dar atenção, escutar as pessoas que estão querendo informações, conhecimento das leis, respeito, o resgate da autoestima e incentivar as mulheres ao exercício da sua cidadania plena, o que tem a ver com direitos e responsabilidades”, concluiu.
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